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Haddad diz que conversas com Congresso garantem avanço em solução estrutural para metas fiscais


Após reuniões com os presidentes da Câmara e do Senado, ministro afirma que governo está confiante para cumprir metas de 2025 e anos seguintes com medidas sustentáveis.
Fernando Haddad chega ao Ministério da Fazenda e fala com a imprensa sobre articulação com o Congresso para garantir equilíbrio fiscal. Foto: Assessoria. Por: Editorial | 02/06/2025 16:22

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta segunda-feira (2) que as conversas realizadas no fim de semana com os presidentes da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, e do Senado, Davi Alcolumbre, deixaram a equipe econômica “muito confortável” para encontrar uma solução estrutural que viabilize o cumprimento das metas fiscais não apenas em 2025, mas também nos próximos anos.

“Não estamos falando de medidas paliativas para resolver o ano corrente. O que está em debate são soluções que darão segurança tanto ao presidente Lula quanto ao próximo governo, seja ele qual for”, declarou Haddad na chegada ao Ministério da Fazenda.

A fala do ministro ocorre em meio a críticas do mercado quanto à elevação de alíquotas do IOF sobre crédito a empresas, operações cambiais e previdência privada de grandes investidores. Segundo Haddad, no entanto, o foco da equipe econômica é garantir sustentabilidade fiscal com decisões consistentes e articuladas com o Congresso.

Haddad destacou que houve um acolhimento positivo das propostas pela cúpula do Legislativo e que as medidas devem ser definidas nos próximos dias, antes da viagem internacional do presidente Lula. “Já sabemos o que está sobre a mesa. Agora é questão de fazer o recorte político e bater o martelo”, afirmou.

O ministro reiterou sua preferência por reformas estruturais, defendendo que correções pontuais, como as feitas por decreto, não são suficientes para mudar o cenário fiscal do país. “Se o Congresso também quer soluções estruturais, estamos totalmente alinhados. É a oportunidade de fazer mudanças no atacado, não no varejo”, avaliou.

Haddad também ressaltou o compromisso com a transparência, citando os gastos tributários de R$ 800 bilhões em benefícios fiscais e a disponibilização pública de dados sobre empresas que recebem isenções. “Não se trata de esconder nada. Queremos mostrar para a sociedade quem são os beneficiados e por quê.”

Na semana passada, o governo anunciou o resgate de R$ 1,4 bilhão de dois fundos da Caixa Econômica Federal para compensar parte da arrecadação que seria obtida com o aumento do IOF, cuja previsão inicial de R$ 20,5 bilhões caiu para R$ 19,1 bilhões após ajustes no decreto.

Haddad finalizou dizendo que a equipe econômica não abrirá mão das metas fiscais definidas em acordo com o Legislativo. “A iniciativa de enfrentar esses temas é fundamental. Se perdermos esse impulso, vamos estagnar. E as agências de risco, que reagem à capacidade de iniciativa do país, também vão esperar para ver o que acontece.” Com informações: Agência Brasil.




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