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Casos com escorpiões disparam em MS e representam 3 em cada 4 acidentes com peçonhentos


Estado já registra mais de 6 mil ocorrências em 2024; SES reforça orientações e ações preventivas para conter riscos à população.
Profissionais da saúde e saneamento recebem capacitação em Mato Grosso do Sul para reforçar o combate aos escorpiões. (Foto: Ministério da Saúde). Por: Editorial | 03/06/2025 14:14

Os escorpiões seguem liderando os registros de acidentes com animais peçonhentos em Mato Grosso do Sul, com mais de 6 mil casos notificados apenas entre janeiro de 2024 e janeiro de 2025. A Coordenadoria Estadual de Vigilância em Saúde Ambiental e Toxicológica (CVSAT), ligada à Secretaria de Estado de Saúde (SES), alerta que os escorpiões foram responsáveis por 75,71% dos 13.227 acidentes registrados entre 2023 e 2024, mesmo fora da temporada mais quente e chuvosa, quando há maior proliferação.

Entre os municípios com maior número de notificações estão Campo Grande (1.888), Três Lagoas (518), Dourados (261), Brasilândia (183) e Paranaíba (170).

As espécies mais comuns no estado são o Tityus confluens, o Tityus serrulatus (conhecido como escorpião amarelo) e o Tityus bahiensis (escorpião marrom). Dependendo da espécie e da vítima, o acidente pode variar de moderado a grave, com maior risco entre crianças e idosos.

Esses animais se escondem em locais escuros, úmidos e com presença de baratas, como ralos, entulhos, redes de esgoto, caixas de gordura e áreas com vegetação ou restos de materiais de construção. Por sua alta capacidade de adaptação, os cuidados devem ser mantidos durante todo o ano, tanto em áreas urbanas quanto rurais.

Para conter os riscos, o Governo do Estado intensificou ações preventivas e de controle. Entre elas estão a capacitação de agentes de saúde e de endemias, o fortalecimento do diagnóstico e do atendimento rápido nas unidades de saúde e a criação da Rice (Rede Integrada de Controle de Escorpiões), que promove medidas contínuas e integradas de enfrentamento.

Somente em maio, 90 profissionais foram capacitados em dois municípios. A estratégia inclui ainda campanhas educativas, o gerenciamento da distribuição de soro antiescorpiônico e a ampliação da Coleção Sul-mato-grossense de Artrópodes de Interesse Médico (CSAIM).

A SES reforça que, em caso de acidente, a pessoa deve procurar imediatamente uma unidade pública de saúde. Não se deve aplicar remédios caseiros ou substâncias no local da picada, pois isso pode agravar o quadro clínico.

Além das ações governamentais, a população pode contribuir com medidas simples de prevenção:

  • Manter ralos e frestas bem vedados;

  • Evitar o acúmulo de lixo, entulhos e restos de materiais;

  • Limpar quintais e terrenos regularmente;

  • Verificar roupas e calçados antes de usá-los.

A conscientização coletiva é essencial para reduzir os acidentes e proteger vidas em todo o estado. Com informações: Agência de Notícias. 

 

 




Diário do Interior MS
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