Os preços futuros do café operavam em direções opostas nas bolsas internacionais na manhã desta quarta-feira (4), refletindo o impacto do aumento na oferta global e os desdobramentos da safra brasileira 2025/26. Segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), o avanço da colheita no Brasil tem pressionado as cotações, especialmente no segmento do café robusta.
As atividades de colheita do arábica ganharam ritmo em maio, enquanto o robusta teve intensificação ainda maior ao longo do mês. A expectativa de uma safra volumosa contribui para o movimento de desvalorização, reforçado pela chegada dos grãos recém-colhidos da Indonésia, que ampliam a oferta global do tipo robusta, de acordo com informações da agência Reuters.
Apesar do cenário de pressão, o analista de mercado Marcelo Moreira, da Archer Consulting, aponta que o mercado pode estar “sobrevendido” no curto prazo, abrindo espaço para uma possível reação nos preços. “O julho/25 em Nova York pode buscar os 370-380 cents por libra-peso. O gatilho para esse repique seria a confirmação de problemas na qualidade ou produção do arábica, além de uma eventual frente fria com risco de geada nas próximas semanas”, avaliou.
Por volta das 9h (horário de Brasília), os contratos de arábica registravam valorização: o vencimento para julho/25 subia 150 pontos, cotado a 342,35 cents/lbp; o de setembro/25 ganhava 130 pontos, a 339,90 cents/lbp; e o de dezembro/25 avançava 100 pontos, para 335,25 cents/lbp.
Já o robusta mantinha trajetória de queda: os contratos para julho/25 e setembro/25 caíam US$ 11, sendo negociados a US$ 4.424 e US$ 4.326 por tonelada, respectivamente. O contrato de novembro/25 recuava US$ 8, cotado a US$ 4.280 por tonelada.Com informações: Notícias Agrícolas.