A partir deste domingo (15), entra em vigor em todo o Mato Grosso do Sul o vazio sanitário da soja, período de 90 dias em que é proibido manter qualquer planta de soja nas lavouras, inclusive as chamadas plantas voluntárias. A medida, determinada pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), tem como objetivo combater a ferrugem asiática, doença fúngica que pode comprometer até 75% da produção.
A proibição se estende até 15 de setembro e será fiscalizada pela Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (Iagro), em parceria com o Ministério. Produtores que não respeitarem o prazo poderão ser autuados.
Segundo o Mapa, a ausência da planta no campo é essencial para interromper o ciclo do fungo Phakopsora pachyrhizi, que depende exclusivamente da soja para sobreviver. A ferrugem asiática se espalha com facilidade entre lavouras e exige manejo rigoroso para não afetar a produtividade.
De acordo com Lenon Lovera, consultor técnico da Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul), o vazio sanitário é uma das ferramentas mais eficientes no controle da doença. “O cumprimento da medida reduz a pressão da ferrugem sobre a próxima safra e evita o uso excessivo de defensivos”, afirmou.
Na safra 2024/2025, Mato Grosso do Sul registrou 57 casos da ferrugem, ficando atrás apenas do Paraná. Naviraí foi o município com o maior número de ocorrências no Estado. Já o Mato Grosso, maior produtor nacional de soja, teve apenas 16 registros.
O plantio da safra 2025/2026 está autorizado a partir de 16 de setembro, com término em 31 de dezembro. O Ministério reforça que o cumprimento rigoroso do calendário é essencial para garantir a sanidade das lavouras e minimizar os prejuízos à produção.Com informações:Cassilândia Notícias.