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STF lança Anuário da Justiça 2025 e alerta para 'epidemia de judicialização' no Brasil


Publicação revela que mais de 93 milhões de processos tramitam no país; cada juiz analisou, em média, 2.300 casos em um ano.
Ministros do STF participam da cerimônia de lançamento do Anuário da Justiça 2025, que contou com presença de autoridades dos Três Poderes e representantes do sistema de Justiça. Foto: Acessória. Por: Editorial | 12/06/2025 13:28

O Supremo Tribunal Federal (STF) foi palco, nesta quarta-feira (11), do lançamento da 19ª edição do Anuário da Justiça Brasil, elaborado pela revista eletrônica Consultor Jurídico (ConJur), com apoio da Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP). A edição de 2025 tem como tema “Opção pelo litígio: sociedade demanda cada vez mais o Judiciário” e traz um diagnóstico do cenário jurídico nacional, marcado pelo crescimento expressivo no número de ações judiciais.

De acordo com a publicação, o Judiciário brasileiro proferiu 44 milhões de decisões em apenas um ano. Cada magistrado analisou, em média, mais de 2.300 processos — o equivalente a cerca de nove casos por dia útil. Durante a cerimônia, o presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso, chamou atenção para o que classificou como uma "epidemia de judicialização", citando o número alarmante de mais de 93 milhões de processos em tramitação.

“O Judiciário está sobrecarregado, mas também é sinal de que a sociedade confia na Justiça como meio legítimo para resolver seus conflitos”, afirmou Barroso. Ele também destacou o papel do anuário como ferramenta essencial de transparência e compreensão do sistema judicial. “A publicação traz um excepcional diagnóstico do estado da Justiça brasileira e ajuda quem quer entender como funcionam os tribunais superiores”, completou.

O decano do Supremo, ministro Gilmar Mendes, reforçou a relevância institucional do anuário, classificando-o como o mais completo retrato do Judiciário. Ele defendeu a ampliação de mecanismos de resolução consensual de conflitos, como forma de aliviar a sobrecarga judicial. “É preciso investir na pacificação social por todos os meios possíveis”, declarou.

Estiveram presentes na solenidade os ministros Edson Fachin, Dias Toffoli, Alexandre de Moraes e Cristiano Zanin, além dos ministros aposentados Carlos Velloso e Ricardo Lewandowski, atual ministro da Justiça. Autoridades dos Três Poderes, membros do Ministério Público e representantes da advocacia também participaram.

Durante o evento, foi inaugurada a exposição “Memória em julgamento: histórias que marcaram a Justiça e a sociedade”, uma parceria entre o STF e o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ). A mostra resgata episódios marcantes da história do Judiciário brasileiro, como o julgamento da Lei do Divórcio e o caso da Chacina da Candelária. Com informações: Supremo Tribunal Federal (STF).

 

 




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