A startup sul-mato-grossense Pantabio está mudando a forma como produtores do estado encaram produtividade, saúde do solo e sustentabilidade. Fruto da pesquisa de doutorado do engenheiro agrônomo Tiago Calves Nunes em parceria com a professora Mercia Celoto, ambos ligados à Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS), a empresa desenvolve bioinsumos inovadores à base do fungo Trichoderma, com foco na eficiência das lavouras e redução da dependência de produtos químicos.
Com DNA pantaneiro e forte ligação com a pesquisa acadêmica, a Pantabio integra estudantes de Agronomia como colaboradores e bolsistas. Incubada pela Fênix – Incubadora de Empresas de Base Tecnológica da UEMS – a empresa já colhe resultados expressivos em diversas culturas.
Entre os destaques, estão os ganhos de até 20 sacas por hectare na cultura do feijão, maior sanidade e estrutura radicular em milheto e hortaliças, resistência a doenças em uvas na primeira vinícola do MS (Terroir Pantanal), além de ensaios em banana e pastagens com foco na recuperação de solo e maior valor nutritivo.
A tecnologia também tem mostrado alto desempenho na produção de eucalipto, com aumento de até 17% na altura e 15% no diâmetro das mudas, além de redução de 22% na mortalidade em campo.
O mais recente avanço da Pantabio vem de ensaios realizados na safra 2024/2025 com soja em Aquidauana, Nioaque e Maracaju. Os resultados apontam raízes mais profundas e saudáveis, maior resistência a doenças e maior eficiência na absorção de fertilizantes.
Além dos bioinsumos, a startup também criou uma clínica de diagnóstico de doenças de plantas e de nematoides, coordenada pelo estudante Carlos Braga Lima, com aporte do Sebrae. O serviço oferece respostas rápidas e acessíveis para os produtores, reforçando o compromisso com uma agricultura mais inteligente, sustentável e tecnicamente embasada.Com informações: Agência de Notícias