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Grupo do setor sucroenergético reverte lucro e fecha safra com prejuízo de R$ 55,9 milhões


Mesmo com aumento na receita e na produção de açúcar, empresa é impactada por clima adverso e queda no mix de etanol.
Safra 2024/25 teve crescimento na moagem de cana-de-açúcar, mas rentabilidade foi comprometida por fatores operacionais e climáticos. Foto: Divulgação. Por: Editorial | 18/06/2025 15:49

Uma das principais empresas do setor sucroenergético encerrou a temporada 2024/25 com prejuízo líquido consolidado de R$ 55,9 milhões, revertendo o lucro de R$ 85,1 milhões registrado no ciclo anterior. O desempenho negativo ocorreu apesar do aumento de 22,4% na receita líquida anual, que somou R$ 2,338 bilhões, e da alta de 9,5% no Ebitda ajustado, que atingiu R$ 1,481 bilhão.

No quarto trimestre, o prejuízo foi de R$ 8,5 milhões, frente ao lucro de R$ 7,4 milhões no mesmo período da safra anterior. O Ebitda trimestral teve crescimento expressivo de 78,3%, alcançando R$ 530,3 milhões, enquanto a receita líquida avançou 30%, chegando a R$ 653,6 milhões. O Capex no trimestre caiu 18%, totalizando R$ 284,5 milhões.

Apesar das adversidades climáticas, a empresa avaliou que conseguiu cumprir entregas operacionais e comerciais importantes, com avanços consistentes em seu plano de crescimento.

Durante a safra, foram processadas 7,868 milhões de toneladas de cana-de-açúcar, crescimento de 7,1% em relação ao ciclo anterior. O rendimento por hectare foi de 84,5 toneladas, leve alta de 0,4%, mas o índice de Açúcares Totais Recuperáveis (ATR) recuou 3,8%, para 138,6 kg/tonelada.

O mix de produção também sofreu mudanças: 44,3% da cana processada foi destinada à produção de açúcar, e 55,7% ao etanol — no ciclo anterior, os percentuais eram de 37,5% e 62,5%, respectivamente. A produção de açúcar aumentou 23,1%, totalizando 461,1 mil toneladas. Já o volume de etanol caiu 7,5%, passando para 357,8 milhões de litros.

Para a safra 2025/26, a previsão é de leve crescimento na moagem, com expectativa de processar 7,943 milhões de toneladas de cana, alta de 1%. No entanto, a produtividade média deve cair 1,8%, atingindo 83 toneladas por hectare. A estimativa reflete desempenhos variados entre as unidades da empresa.

O mix de produção também deverá ser alterado: a participação do açúcar no portfólio deve subir para 54%, enquanto a do etanol recuará para 46%. O investimento total projetado (Capex) para a próxima temporada é de R$ 746,7 milhões, praticamente estável em relação ao ciclo anterior.Com informações: Agro Estadão.




Diário do Interior MS
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