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Riedel critica aumento do IOF e defende reforma para conter gastos públicos


Governador de Mato Grosso do Sul aponta esgotamento da política de elevação de tributos e reforça necessidade de reestruturação fiscal. Apesar das divergências, avalia relação com o governo federal como positiva.
Governador Eduardo Riedel durante evento oficial em Campo Grande: crítica à política fiscal do governo federal e defesa de Tereza Cristina como nome nacional. Foto: Assessoria. Por: Editorial | 23/06/2025 08:37

Em entrevista concedida à revista Veja na última semana, o governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel (PSDB), criticou a política de aumento de tributos adotada pelo governo federal, com destaque para a elevação do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras). Segundo ele, o país já não suporta mais arcar com o ajuste fiscal baseado exclusivamente no aumento de impostos.

“O Brasil veio resolvendo seu problema fiscal em cima de aumento de tributos e acredito que não há mais espaço para isso. Precisamos liderar uma agenda de reformas, de reestruturação do gasto, para poder resolver o problema fiscal”, afirmou Riedel.

Após críticas de diversos setores, o governo federal publicou um novo decreto revendo parte dos aumentos anunciados em maio. A alíquota sobre crédito para empresas, por exemplo, retornou para 0,38%, e a taxa fixa de 0,95% sobre risco sacado foi retirada, restando apenas a cobrança diária. No caso dos planos VGBL, o imposto de 5% incidirá apenas sobre valores acima de R$ 300 mil em 2025 e de R$ 600 mil em 2026.

Ao comentar os impactos da reforma tributária, Riedel destacou que Mato Grosso do Sul é considerado um estado “perdedor”, por ter a menor alíquota de ICMS do país, mantida em 17%. Ele ressaltou que, mesmo com as mudanças, não houve aumento de impostos no estado e que a gestão estadual optou por enfrentar o problema fiscal com foco na qualidade dos gastos públicos.

Apesar das críticas ao governo federal, Riedel avaliou a relação institucional como positiva. Ele tem participado de agendas conjuntas com o Palácio do Planalto, como a cerimônia de início das obras de reforma de três aeroportos em Mato Grosso do Sul, a assinatura de contratos do programa “Minha Casa, Minha Vida” e o Fórum “Diálogos para Construção da Estratégia Brasil 2050”.

Sobre o cenário político, o governador foi questionado sobre uma possível mudança de partido, mas desconversou, afirmando que está “conversando e ouvindo a todos”. Com o fracasso da fusão entre PSDB e Podemos, Riedel aposta em alianças com outras legendas, como MDB, Republicanos e Progressistas, partido da senadora Tereza Cristina, sua aliada.

“O PSDB está em um caminho de consolidação de conversas com outros partidos que pode resultar numa força política importante. É fundamental que haja diálogo com partidos do mesmo espectro ideológico, que venham a colocar uma nova força política no cenário político brasileiro”, defendeu.

Riedel também comentou o cenário para as eleições de 2026. Embora Jair Bolsonaro esteja inelegível, o governador o vê como uma liderança relevante da centro-direita. Ele mencionou possíveis chapas para o Planalto, como a união entre o governador paulista Tarcísio de Freitas e Tereza Cristina — a quem classificou como uma liderança nacional preparada para disputar cargos majoritários.

“A Tereza é uma candidata a presidente da República, é um possível nome. Um nome nacional altamente qualificado, preparadíssima e que está dando uma grande contribuição pro Brasil. Tem todas as condições de assumir qualquer candidatura numa majoritária nacional”, concluiu. Com informações: Veja.




Diário do Interior MS
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