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Crise no Oriente Médio pressiona custos e desafia estratégias do agro brasileiro


Agricultores devem adotar planejamento cauteloso para enfrentar impactos logísticos, energéticos e cambiais que afetam soja, milho, trigo, algodão, cana, laranja, café e pecuária.
Produtores agrícolas acompanham as cotações em meio à volatilidade do mercado causada pela crise no Oriente Médio, que pressiona custos e desafia o planejamento do agro brasileiro. Foto: Divulgação. Por: Editorial | 24/06/2025 08:17

O agravamento das tensões no Oriente Médio vem provocando reflexos significativos no mercado global de commodities agrícolas, impondo desafios adicionais para o agronegócio brasileiro. Segundo avaliação da consultoria Markestrat, os impactos combinados nos custos logísticos, de energia e insumos podem sobrecarregar um sistema já operando no limite, exigindo maior cautela dos produtores.

No setor da soja, apesar de uma leve recuperação nos contratos futuros, a demanda internacional enfraquecida e a alta no preço do óleo de soja — que subiu mais de 15% no mercado internacional — reforçam a necessidade de estratégias escalonadas de venda, monitoramento de câmbio e fretes. Para o milho, o momento coincide com a oferta máxima nacional, mas os custos crescentes de transporte marítimo podem pressionar as margens.

O trigo e o algodão também refletem a volatilidade global, com preços pressionados e riscos logísticos que tornam prudente a antecipação de fixações comerciais, especialmente para produtores dependentes de insumos importados. Já a cana-de-açúcar convive com margens apertadas devido à oferta global elevada de açúcar, mas pode ser beneficiada pela expansão do mercado de etanol nos EUA.

O suco de laranja e o café sofrem quedas expressivas nos preços, reforçando a importância do investimento em qualidade e proteção contra volatilidade. Por fim, a pecuária mantém relativa estabilidade, apoiada pela demanda interna, mas acompanha atentamente os efeitos indiretos dos gargalos logísticos no comércio exterior.

Diante desse cenário, especialistas recomendam que os produtores brasileiros reforcem o planejamento financeiro, adotem instrumentos de hedge e escalonem as operações comerciais para preservar margens e enfrentar a instabilidade global.Com informações: Agro Estadão.




Diário do Interior MS
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