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Mato Grosso do Sul avança na cobertura de esgoto e pode antecipar universalização para 2028


Com investimentos superiores a R$ 450 milhões e obras em 68 cidades, Estado já alcançou 70% de cobertura e deve chegar a 90% antes do prazo estabelecido pelo Marco Regulatório.
Obras da nova Estação de Tratamento de Esgoto em Caarapó estão 75% concluídas e devem atender até 50 mil habitantes – Foto: Divulgação/Sanesul. Por: Editorial | 09/07/2025 07:08

O Mato Grosso do Sul tem se destacado nacionalmente pelo avanço acelerado na cobertura da coleta e tratamento de esgoto. Em julho deste ano, o Estado alcançou a marca de 70% de cobertura, e a expectativa do governo é que a universalização – definida como 90% de cobertura geral – seja atingida até 2028, cinco anos antes do prazo estipulado pelo Marco Regulatório Nacional de Saneamento.

A meta é ousada, mas os dados são promissores. Atualmente, a administração estadual trabalha para fechar 2026 com 85,6% de cobertura, e alcançar 98% até 2031. Desde 2021, os investimentos foram reforçados com a implantação de uma Parceria Público-Privada (PPP), que tem viabilizado obras, aquisição de tecnologias de ponta e modernização dos sistemas de esgoto em todo o Estado.

“Estamos trabalhando com metas claras e antecipando os prazos. Isso representa mais saúde, qualidade de vida e respeito ao meio ambiente para a população sul-mato-grossense”, afirmou o governador Eduardo Riedel.

Nos últimos quatro anos, foram implantados 553 quilômetros de rede coletora em 52 municípios e um distrito, beneficiando mais de 1 milhão de pessoas. Os investimentos somam R$ 450 milhões, com obras em todas as 68 cidades atendidas pela Sanesul.

ETE de Caarapó será a mais moderna do Estado

Um dos destaques atuais é a construção da nova Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) de Caarapó. Com 75% das obras concluídas, a unidade terá capacidade para tratar 60 litros por segundo, o suficiente para atender uma cidade de até 50 mil habitantes. O projeto segue o mesmo padrão tecnológico da ETE construída em Dourados.

A engenheira ambiental responsável, Thais Lopes, afirma que aguardam os tanques importados para finalizar a interligação do sistema. “Toda a parte de hidromecânica e estruturas de tratamento já está pronta. A expectativa é de conclusão em breve”, garante.

Para o operário Neri Bento, que se mudou para Caarapó por causa da obra, participar do projeto é motivo de orgulho. “Os moradores valorizam muito esse avanço. É bom para todos e para o meio ambiente.”

Com 22 anos de atuação na Sanesul, Wilson Beraldo viu o progresso de perto. “Quando comecei, nem hidrômetro existia na cidade. Hoje, tenho o privilégio de ver a rede de esgoto na minha casa. É um benefício enorme para todos.”

Segundo Joelson Rocha, supervisor da Sanesul local, o solo de Caarapó tem lençol freático superficial, o que torna o uso de fossas inviável. “Esse tratamento moderno vai eliminar cor e odor, agregando valor ambiental e urbano à cidade. Para mim, que entrei como pedreiro na Sanesul, é gratificante vivenciar essa evolução.”

O ex-prefeito André Nezzi relembra que a ampliação da rede e a nova ETE foram exigências para a renovação da concessão com a Sanesul. “Quando assumi a prefeitura, apenas 25% das residências tinham ligação à rede. Hoje já passamos de 80% e, com essa estação, vamos atingir os 100%. É um marco histórico para o município.” Redação com informações: Caarapó News.




Diário do Interior MS
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