A Secretaria de Saúde do Distrito Federal confirmou nesta quarta-feira (9) dois casos de raiva em morcegos, acendendo um sinal de alerta para a circulação do vírus na região. Os animais infectados pertencem à espécie Artibeus lituratus, conhecida como morcego-da-cara-branca, e foram recolhidos nas regiões administrativas de Planaltina e Sobradinho.
Segundo a pasta, o primeiro laudo positivo foi emitido no dia 2 de julho, seguido de outro no dia 5. Ambos os morcegos apresentaram contato apenas com cães, e não houve, até o momento, registro de exposição humana.
Em comunicado de risco, a secretaria alertou para a necessidade de intensificação das ações de vigilância e controle. “Diante do cenário epidemiológico atual, que evidencia a circulação do vírus da raiva em morcegos do Distrito Federal, e considerando a altíssima letalidade da doença – aproximadamente 100% – torna-se imprescindível intensificar as medidas de prevenção, vigilância e controle”, destacou o documento.
Como medida preventiva, a vigilância sanitária instalará armadilhas em pontos estratégicos para capturar morcegos e realizar estudos laboratoriais. A população também foi orientada a notificar imediatamente qualquer contato com esses animais, mesmo que aparentemente saudáveis.
A Secretaria de Saúde reforçou ainda uma série de recomendações à população:
Não tocar, alimentar ou tentar recolher morcegos ou animais silvestres;
Acionar a equipe de zoonoses ao encontrar animais suspeitos pelos telefones (61) 3449-4432/4434 ou pelo Disque Saúde (160);
Garantir a vacinação anual de cães e gatos, além da vacinação de rebanhos, em parceria com a Seagri;
Em caso de mordida, arranhão ou contato com saliva de animais desconhecidos, lavar o ferimento com água e sabão e procurar imediatamente uma unidade de saúde.
A raiva é uma doença viral grave e quase sempre fatal. Causada por um Lyssavirus, ela atinge o sistema nervoso central e pode ser transmitida por mordidas, arranhões ou lambeduras de animais infectados. Segundo a Secretaria de Saúde, apenas cinco casos de cura foram registrados no mundo, todos com sequelas permanentes.
Mais informações sobre a doença, locais de vacinação e medidas de prevenção estão disponíveis no site oficial da secretaria. Em caso de dúvidas, o contato deve ser feito pelo telefone (61) 3449-4439 ou pelo e-mail informado no comunicado. Redação com informações: Agência Brasil.