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Brasil retoma produção nacional de insulina e reforça soberania na saúde pública


Primeiro lote de insulina fabricado no país em mais de 20 anos será destinado ao SUS; cerca de 350 mil pessoas com diabetes serão beneficiadas.
Ministro Alexandre Padilha visita empresa de Nova Lima responsável pela produção de insulina no Brasil Foto: Biomm / Divulgação Por: Editorial | 13/07/2025 07:50

O Brasil voltou a produzir insulina humana de forma totalmente nacional após mais de duas décadas. O marco foi celebrado na última sexta-feira (11), na fábrica da Biomm, em Nova Lima (MG), com a entrega do primeiro lote do medicamento ao Ministério da Saúde. A produção foi possível graças a uma parceria entre a farmacêutica indiana Wockhardt, a Fundação Ezequiel Dias (Funed) e a Biomm, dentro do modelo de Parcerias para o Desenvolvimento Produtivo (PDPs).

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, classificou o momento como histórico. “É um passo importante para garantir segurança, estabilidade e autonomia na oferta de um medicamento essencial para milhares de brasileiros que vivem com diabetes”, afirmou. A produção nacional reduz a dependência externa e fortalece o Sistema Único de Saúde (SUS), que atualmente oferece quatro tipos de insulinas, além de medicamentos orais e injetáveis para o tratamento da doença.

Na cerimônia, foram entregues 207.385 unidades de insulina – 67.317 frascos da versão regular e 140.068 da NPH. Com a finalização da transferência tecnológica, o Brasil será capaz de produzir metade da demanda do SUS por esses dois tipos de insulina, totalizando cerca de 45 milhões de doses ao ano.

O projeto recebeu investimento de R$ 142 milhões e prevê, entre 2025 e 2026, a entrega de mais de 8 milhões de unidades do medicamento à rede pública. “Cerca de 10% da população brasileira tem diabetes. Parte dessas pessoas depende da insulina diariamente. Essa iniciativa garante que, mesmo diante de crises globais, como a pandemia, o Brasil terá capacidade própria para atender sua população”, destacou Padilha.

A estratégia faz parte de um esforço mais amplo do governo federal para fortalecer o Complexo Econômico-Industrial da Saúde. As PDPs permitem que instituições públicas e empresas compartilhem etapas de produção e desenvolvam o Insumo Farmacêutico Ativo (IFA) de forma nacional, garantindo autonomia tecnológica.

Além da insulina regular e da NPH, o Ministério da Saúde também aprovou recentemente uma PDP para a produção nacional da insulina glargina, utilizada no tratamento de diabetes tipos 1 e 2. O projeto envolve a Fiocruz (Bio-Manguinhos), a Biomm e a farmacêutica chinesa Gan & Lee, com meta de produção inicial de 20 milhões de frascos.

Com foco na ampliação do acesso e na autossuficiência do país, o SUS segue como referência em atendimento integral a pessoas com diabetes, oferecendo acompanhamento desde o diagnóstico até o tratamento contínuo na Atenção Primária à Saúde.

Legenda para foto:
Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, participa da entrega do primeiro lote de insulina humana totalmente produzido no Brasil, em evento realizado na fábrica da Biomm, em Nova Lima (MG) – com informações  Ministério da Saúde.




Diário do Interior MS
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