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Receita apreende canetas de Mounjaro e alerta para contrabando de medicamentos


Com preços mais baixos e maior disponibilidade, compra de Mounjaro no país vizinho cresce — mas exige atenção às regras da Receita e da Anvisa.
Receita Federal e DOF intensificam fiscalização de medicamentos trazidos do Paraguai, como as canetas de Mounjaro e tirzepatidas manipuladas | (Divulgação/Receita Federal). Por: Editorial | 17/07/2025 14:45

 Em meio à alta procura por medicamentos voltados ao tratamento de diabetes e obesidade, como o Mounjaro, moradores de Mato Grosso do Sul enfrentam dificuldades para encontrar as chamadas “canetas emagrecedoras” nas farmácias locais. Diante da escassez e dos preços elevados, muitos têm recorrido ao país vizinho, o Paraguai, para garantir o tratamento — o que exige atenção às exigências legais de importação.

Na capital sul-mato-grossense, com receita médica, o preço de uma caixa com quatro canetas de Mounjaro parte de R$ 1.806, rendendo quatro aplicações (R$ 451,50 por dose). No Paraguai, a versão vendida é diferente: uma única caneta com até seis aplicações sai por cerca de R$ 2.033 — equivalente a R$ 338 por dose. A economia em um tratamento de dois meses pode ultrapassar R$ 900, tornando a travessia uma alternativa atrativa.

Entretanto, a Receita Federal alerta que a compra de medicamentos no exterior está sujeita a regras rigorosas. O delegado-adjunto da Receita em Ponta Porã, Júnior Casagrande, detalha: é necessário apresentar receita médica com CID, assinatura e CRM do profissional, além de declarar os produtos na alfândega e manter a quantidade compatível com o tempo de uso indicado — até quatro canetas por mês e por no máximo seis meses.

“Medicamentos permitidos pela Anvisa, como o Mounjaro, podem ser trazidos para uso pessoal, desde que cumpridas todas as exigências”, esclarece o delegado. Ainda assim, o valor da maioria das caixas ultrapassa a cota de isenção de US$ 500, o que implica no recolhimento de impostos na chegada ao Brasil.

A fiscalização nas fronteiras tem sido intensificada. Casos recentes mostram a apreensão de canetas de tirzepatida manipuladas e sem registro na Anvisa, transportadas ilegalmente. Em julho, o DOF (Departamento de Operações de Fronteira) apreendeu uma carga desse tipo em um veículo Saveiro. O motorista foi preso por contrabando.

Além da fiscalização, há ainda o risco sanitário: medicamentos vendidos em redes sociais, como versões paraguaias manipuladas da tirzepatida, não têm autorização da Anvisa para comercialização no Brasil. A orientação das autoridades é que quem optar por comprar no exterior consulte previamente a Receita para evitar apreensões ou penalidades.

“O importante é consultar antes, para garantir uma importação regular e sem transtornos”, reforça Casagrande. Com Informações Receita Federal e DOF




Diário do Interior MS
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