O mercado internacional do açúcar opera em forte alta nesta sexta-feira (18), reagindo à sinalização do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre uma possível mudança na fórmula da Coca-Cola. Atualmente adoçada com xarope de milho, a bebida poderá passar a utilizar açúcar de cana, o que aumentaria substancialmente a demanda pela commodity no país.
Apesar de a proposta ainda estar em fase inicial, o mercado financeiro já começou a precificar a possível substituição. Segundo a Bloomberg Intelligence, o consumo de açúcar nos Estados Unidos pode crescer 4,4% caso a mudança se concretize, passando dos atuais 11 milhões para 11,5 milhões de toneladas por ano.
Em Nova Iorque, o contrato outubro/25 registra alta de 1,14%, sendo negociado a 16,93 cents de dólar por libra-peso. O contrato março/26 sobe 0,98% e é cotado a 17,56 cents. Já em Londres, o açúcar branco também valoriza: o contrato outubro/25 é negociado a US$ 488,70 por tonelada, com avanço de 0,97%.
Em comunicado, a Coca-Cola afirmou: “Agradecemos o entusiasmo do Presidente Trump pela nossa icônica marca Coca-Cola. Mais detalhes sobre as novas ofertas inovadoras da nossa linha de produtos Coca-Cola serão divulgados em breve.”
Além da expectativa de maior demanda, os preços do açúcar continuam sustentados por preocupações com a oferta global. No Brasil, principal exportador mundial, a produção acumulada na safra 2025/26 até junho caiu 14,3%, totalizando 12,249 milhões de toneladas, segundo a União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica). Com informações: Notícias Agrícolas.