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Café arábica recua em Nova York, enquanto robusta sobe em Londres nesta terça-feira


Mercado opera com sinais divergentes em meio à colheita da safra brasileira, incertezas comerciais com os EUA e estoques globais historicamente baixos.
Café arábica recua na Bolsa de Nova York, pressionado por cenário climático e possível tarifa dos EUA sobre o grão brasileiro (Foto: Notícias Agrícolas). Por: Editorial | 22/07/2025 10:03

Os mercados futuros de café abriram em direções opostas nesta terça-feira (22), refletindo as incertezas do setor diante de questões climáticas, da safra brasileira e das tensões comerciais com os Estados Unidos.

Na Bolsa de Nova York (ICE Futures US), o café arábica começou o dia em leve queda. Às 09h04 (horário de Brasília), o contrato com vencimento em setembro/25 era negociado a 291,90 cents por libra-peso, com desvalorização de 5 pontos. O dezembro/25 caía 20 pontos, cotado a 284,70 cents/lbp, enquanto o março/26 operava a 278,25 cents/lbp, com recuo de 15 pontos.

Já na Bolsa de Londres, o café robusta operava em alta. O contrato para setembro/25 registrava valorização de US$ 88, sendo negociado por US$ 3.273 por tonelada. O novembro/25 subia US$ 86, a US$ 3.250 por tonelada, e o janeiro/25 avançava US$ 81, sendo cotado a US$ 3.222 por tonelada.

De acordo com a Archer Consulting, produtores brasileiros de robusta estariam oferecendo lotes recém-colhidos com descontos consideráveis frente aos grãos vietnamitas, o que pressiona a dinâmica de preços.

Outro fator que influencia o mercado é a possível tarifa de 50% sobre as importações de café brasileiro pelos EUA, prevista para entrar em vigor a partir de 1º de agosto. Conforme informou o Tradingview, a medida pode afetar drasticamente o fluxo de exportações para o maior mercado consumidor do mundo.

O ministro da Fazenda do Brasil declarou ontem que o governo segue tentando negociar com os norte-americanos, mas admitiu que um acordo pode não ser fechado a tempo. Estima-se que cerca de um terço do café consumido nos EUA tem origem no Brasil.

Enquanto isso, a colheita da safra brasileira 2025/2026 avança e já ultrapassa 70%, segundo o Escritório Carvalhaes. A produção de conilon (robusta) deve ser superior à de 2024, ao passo que a do arábica tende a ser menor, com preocupações em torno da qualidade e rendimento.

Os fundamentos do mercado seguem tensionados: estoques baixos em países produtores e consumidores, clima instável e um frágil equilíbrio entre oferta e demanda global. Com informações: Notícias Agrícolas.




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