Animais reabilitados pelo CRAS voltam à natureza no coração do Pantanal

Pacas, tucanos e macacos-prego são reintegrados ao ambiente natural na Reserva Santa Sofia, em ação conjunta do Imasul e projeto Onçafari.

Macaco-prego recebe coleira de monitoramento antes de ser solto na natureza, em ação inédita do CRAS no Pantanal. Foto: Assessoria. Por: Editorial | 23/07/2025 08:37

O Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul), por meio do Centro de Reabilitação de Animais Silvestres (CRAS), promoveu em julho de 2025 uma série de ações de soltura e monitoramento de fauna na Reserva Santa Sofia, localizada em Aquidauana, no Pantanal sul-mato-grossense.

A iniciativa, realizada em parceria com o projeto Onçafari, devolveu à natureza diversos animais silvestres reabilitados, entre eles quatro pacas, onze tucanos-toco e um grupo de macacos-prego que passaram por um longo processo de recuperação e aclimatação.

As pacas deixaram o recinto de forma cautelosa, explorando o solo pantaneiro como se reconhecessem o antigo lar. Já os tucanos, resgatados do tráfico, seguem em período de aclimatação, sendo monitorados até estarem prontos para o voo definitivo em liberdade.

Tucanos-toco reabilitados descansam em recinto de aclimatação na Reserva Santa Sofia, antes de serem soltos na natureza pantaneira. Foto: Assessoria.

Um dos momentos mais simbólicos foi a instalação de colares de monitoramento por rádio VHF nos macacos-prego — tecnologia inédita no CRAS. Os equipamentos permitirão que especialistas acompanhem a adaptação dos primatas no ambiente natural e avaliem sua reintegração.

"Ver esses animais voltarem à natureza é um presente. Muitos chegaram debilitados e hoje voltam ao que é de direito: a liberdade", afirmou Aline Duarte, gestora do CRAS.

A Reserva Santa Sofia, administrada pelo Onçafari, é referência na reabilitação de espécies pantaneiras como onças-pintadas, antas e aves de rapina. A médica-veterinária Jordana Toqueto, que participou da operação, reforça: "Cada soltura é uma vitória sobre o passado de sofrimento desses animais".

O diretor-presidente do Imasul, André Borges, destacou o papel da iniciativa para a conservação ambiental: "Essas ações mostram o compromisso do Estado com a biodiversidade e dão aos animais a chance de cumprir sua função ecológica no habitat natural".

A operação é exemplo de como o trabalho técnico aliado ao cuidado ético pode transformar a história da fauna silvestre no Brasil. Com informações: MS.GOV.