| Hoje é Quarta-feira, 20 de Agosto de 2025.

Preços futuros do milho recuam levemente na Bolsa de Chicago e seguem mistos no Brasil


Mercado internacional é pressionado por queda do trigo e clima favorável nos EUA; no Brasil, avanço da colheita e custo de frete influenciam cotações.
Safra de milho avança em ritmo acelerado no Mato Grosso, mas atrasos persistem em outras regiões do Brasil — Foto: Divulgação/Notícias Agrícolas. Por: Editorial | 24/07/2025 07:43

A quarta-feira (23) encerrou com os preços internacionais do milho operando no campo levemente negativo na Bolsa de Chicago (CBOT), com variações modestas entre os principais vencimentos. A análise da Agrinvest indica que a pressão veio, principalmente, do mercado de trigo, que apresentou forte queda diante da fraca demanda global e da expectativa de uma safra recorde.

Outro fator que pesou sobre as cotações foi o clima favorável ao desenvolvimento das lavouras de milho nos Estados Unidos, contribuindo para um cenário de baixa. Ainda assim, o mercado encontrou algum suporte com a repercussão de um novo acordo comercial entre Estados Unidos e Japão, envolvendo a compra de grãos norte-americanos.

Na CBOT, o contrato setembro/25 fechou a US$ 3,98 por bushel (queda de 0,75 ponto), dezembro/25 a US$ 4,17 (baixa de 0,50 ponto), março/26 a US$ 4,34 (recuo de 1 ponto) e maio/26 a US$ 4,45 (desvalorização de 1,25 ponto). Em relação ao fechamento anterior, as quedas variaram de 0,12% a 0,28%.

Cenário brasileiro
No Brasil, os preços futuros do milho negociados na B3 também registraram poucas movimentações e encerraram o dia com desempenho misto. De acordo com os analistas da Agrinvest, a pressão negativa veio do desempenho internacional, mas o atraso na colheita da safrinha ajudou a sustentar parte das cotações.

Atualmente, a colheita da segunda safra atinge 55,5% da área plantada, avanço semanal de 13,8 pontos percentuais. Apesar do progresso, o número ainda está abaixo dos 79,6% registrados no mesmo período de 2024 e da média histórica de 60,6%.

A consultoria Grão Direto alerta que, com o avanço da colheita, a pressão sobre os preços tende a aumentar. No Mato Grosso, por exemplo, mais de 77% da área já foi colhida, com alta produtividade. Esse volume crescente no mercado, somado aos altos custos de frete e gargalos logísticos, tem derrubado os prêmios pagos no interior.

Na B3, o milho com vencimento setembro/25 foi cotado a R$ 65,12 (queda de 0,28%), novembro/25 a R$ 68,20 (baixa de 0,01%), janeiro/26 a R$ 72,00 (recuo de 0,14%) e março/26 permaneceu estável em R$ 74,90.

No mercado físico, os preços também ficaram praticamente estáveis nesta quarta-feira, com destaque para uma leve desvalorização apenas em Sorriso (MT), segundo levantamento do Notícias Agrícolas. Com informações: Notícias Agrícolas.




Diário do Interior MS
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