Os contratos futuros da soja operam em queda na tarde desta sexta-feira (25) na Bolsa de Chicago (CBOT), refletindo uma combinação de fatores externos que impactam diretamente a demanda global pela oleaginosa. Por volta das 11h41 (horário de Brasília), os principais vencimentos registravam desvalorizações entre 5,75 e 6,25 pontos.
O contrato com vencimento em agosto/25 recuava 6,25 pontos, sendo negociado a US$ 9,98 por bushel. Setembro/25 registrava queda de 6,00 pontos e era cotado a US$ 9,99. Já o novembro/25 tinha baixa de 5,75 pontos, a US$ 10,18 por bushel, enquanto o janeiro/26 era negociado a US$ 10,36, com desvalorização de 5,75 pontos.
De acordo com o portal Successful Farming, os preços vêm sendo pressionados principalmente pelas preocupações em torno das exportações para a China. O país asiático anunciou planos para reduzir o número de porcas reprodutoras com o objetivo de conter o excesso de oferta e derrubar os preços da carne suína, o que impacta diretamente a demanda por farelo de soja, utilizado na ração animal.
A agência Reuters, citando a consultoria MySteel, destacou que a deflação no mercado chinês de suínos já provocou uma queda de quase 29% nos preços à vista desde agosto do ano passado. Isso deve limitar o consumo interno e as importações do grão.
Além disso, o cenário geopolítico também adiciona volatilidade ao mercado. Persistem as tensões comerciais entre os Estados Unidos e a China, enquanto o Brasil se vê no centro de uma possível retaliação norte-americana com a ameaça de tarifas de até 50% sobre produtos brasileiros. O vice-presidente e ministro da Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, afirmou que o Brasil “nunca saiu da mesa de negociações”, reforçando que o diálogo com os EUA continua.
No mercado financeiro, o dólar à vista operava com leve alta de 0,1% nesta manhã, cotado a R$ 5,5266 na venda, mas ainda acumula queda de 1,1% na semana. Já o dólar futuro com vencimento mais próximo subia 0,18%, negociado a R$ 5,540 na B3.
O mercado segue atento a novos desdobramentos, tanto na frente comercial quanto nos dados macroeconômicos, que devem continuar influenciando o comportamento dos preços nos próximos dias. Com informações: Notícias Agrícolas.