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Suspeito afirma ter tido surto ao jogar corpo de mulher em vala em Terenos


Suspeito, servidor municipal, afirma que pensou que vítima estivesse morta e entrou em desespero; polícia trata o caso como homicídio culposo.
Suspeito, servidor municipal, afirma que pensou que vítima estivesse morta e entrou em desespero; polícia trata o caso como homicídio culposo. Por: Editorial | 29/07/2025 21:54

Terenos, MS – Um caso chocante ocorreu em Mato Grosso do Sul. Raquel Perciliano, de 59 anos, faleceu após sofrer um infarto durante uma relação sexual e teve o corpo descartado em uma vala. O homem envolvido, alegou à polícia ter entrado em surto após a morte da mulher, o que o levou a ocultar o corpo. A Polícia Civil investiga o caso, que inicialmente foi registrado como ocultação de cadáver, mas agora é tratado como homicídio culposo.

Detalhes do Ocorrido e Versão do Suspeito

De acordo com informações obtidas pelo Jornal Midiamax, o homem, que é servidor municipal, buscou Raquel próximo à antiga rodoviária de Terenos. Em seguida, o casal seguiu para uma rodovia para manter relações sexuais. Durante o ato, Raquel teria começado a passar mal e, segundo o relato do suspeito, sofreu um infarto. O homem afirmou que, ao ver a vítima em dificuldades, pensou que ela estivesse morta e, em um momento de desespero, “entrou em surto”.

O advogado do suspeito, confirmou a versão de seu cliente, ressaltando o estado de choque e desespero que o levou a não procurar ajuda médica. “Quando viu a vítima passando mal, pensou que ela estava morta e entrou em surto. Ele ficou desesperado e sem saber o que fazer”, afirmou o advogado.

Após o incidente, o homem carregou o corpo de Raquel no colo e a jogou em uma vala de 70 centímetros, próxima a um frigorífico, cobrindo-o com um tapete. Ele teria rodado com o corpo no veículo por cerca de duas horas antes de descartá-lo. Em seguida, dirigiu-se a Campo Grande, onde procurou seu advogado e relatou os fatos. O advogado, então, acionou a polícia e acompanhou as autoridades até o local onde o corpo de Raquel foi encontrado.

Investigação Policial e Novas Revelações

A Polícia Civil, sob a condução do delegado Gabriel Desterro, está aprofundando as investigações. Inicialmente, o caso foi registrado como ocultação de cadáver. No entanto, um detalhe crucial mudou a tipificação: Raquel apresentava um galo em um dos olhos, uma lesão que, segundo o delegado, só ocorre quando a pessoa está viva. Diante disso, o caso passou a ser tratado como homicídio culposo, onde não há intenção de matar, mas a ação resultou na morte da vítima.

O delegado Desterro explicou que, embora o homem alegue não ter agredido Raquel e que o infarto foi a causa da morte, a presença da lesão no olho sugere que ela poderia estar viva quando foi jogada na vala. “Ele disse que ficou sem saber o que fazer e rodou por cerca de 2 horas com o corpo no carro até jogar em uma vala”, afirmou Desterro. Exames do Instituto de Medicina e Odontologia Legal (Imol) confirmaram que a morte de Raquel foi causada por infarto. “Se ele a tivesse levado e deixado no hospital, não teria sido autuado por homicídio”, ponderou o delegado.

Relação Extraconjugal e Próximos Passos

Ao contrário do que foi inicialmente divulgado, de que seria o segundo encontro do casal, o advogado do suspeito esclareceu que Raquel e o homem mantinham uma relação extraconjugal há muitos anos. Ambos eram casados. A polícia ainda investiga o período de cinco horas entre o descarte do corpo e o acionamento das autoridades. Câmeras de segurança da rodovia MS-335, por onde o veículo passou, serão analisadas.

Além disso, a polícia solicitará a quebra do sigilo telefônico de Raquel para verificar dados de consultas médicas anteriores, já que ela teria passado por uma consulta de rotina em maio e estava afastada do trabalho. Não está descartada a possibilidade de uma reconstituição do crime. O carro do suspeito passou por perícia e não foram encontrados vestígios de luta. Raquel estava sem roupas íntimas, sem sapatos e sem celular, e esses objetos não foram localizados pela polícia. O homem alegou que ela já estava sem as roupas íntimas quando a buscou.

O suspeito e sua família estão abalados com a situação, e ele está passando por tratamento psiquiátrico. “Ele está muito abalado, pois em nenhum momento queria que ela morresse. Ele não pensou que isso pudesse acontecer”, finalizou o advogado Ivan Oliveira da Silva.




Diário do Interior MS
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