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Uso de ovitrampas fortalece combate ao Aedes em MS e evita proliferação de milhares de mosquitos


1º Encontro Estadual de Soluções Entomológicas promove troca de experiências entre municípios e mostra eficácia das armadilhas na vigilância e controle de vetores.
Técnicos de saúde de todo o Estado participaram do encontro em Ponta Porã, destacando resultados positivos com uso de ovitrampas em municípios como Amambai, Caarapó e Deodápolis. Foto: Divulgação. Por: Editorial | 01/08/2025 07:27

Com foco no fortalecimento das estratégias de enfrentamento ao Aedes aegypti e Aedes albopictus, a Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso do Sul (SES) realizou entre os dias 28 e 30 de julho, em Ponta Porã, o 1º Encontro Estadual “Soluções entomológicas para o monitoramento e controle do Aedes”. O evento reuniu técnicos de todas as regiões do Estado para compartilhar experiências sobre a utilização das ovitrampas – armadilhas de oviposição que detectam e ajudam a controlar a infestação dos mosquitos transmissores da dengue, zika e chikungunya.

Atualmente implantadas em 32 municípios sul-mato-grossenses, as ovitrampas se consolidam como uma alternativa de baixo custo, alta sensibilidade e eficácia comprovada. O equipamento permite o monitoramento em tempo real da densidade vetorial e a geração de mapas de calor, fundamentais para ações de combate mais precisas.

Idealizador do projeto no Estado, o gerente do Laboratório de Entomologia da SES, Paulo Silva de Almeida, reforçou o impacto positivo da estratégia. “Os dados apresentados no encontro mostram o quanto a vigilância baseada em evidências é poderosa. Com as armadilhas, evitamos o nascimento de milhões de larvas e direcionamos melhor os recursos”, destacou.

Resultados nos municípios

O município de Amambai, pioneiro na adoção das ovitrampas desde 2011, se destacou ao apresentar números expressivos: mais de 311 mil ovos coletados apenas em 2024. A coordenadora de Vigilância em Saúde, Sinthia Jara, explicou que a metodologia permite ações mais direcionadas. “Analisamos as áreas com maior infestação, eliminamos criadouros e só usamos controle químico quando necessário”, afirmou.

Já Caarapó, que iniciou o uso em 2023, contabilizou mais de 136 mil ovos retirados até junho de 2025. O coordenador Ivo Benites destacou que a tecnologia permitiu identificar que a transmissão na comunidade indígena Tey’ikuê é local, e não importada, o que impulsionou ações conjuntas com a Sesai e SES. Segundo ele, o índice de positividade das armadilhas na cidade chegou a 66,5%, evidenciando a necessidade contínua de vigilância.

Em Deodápolis, a coordenadora Juliane Santana Lopes destacou que o uso das ovitrampas desde 2022 tem sido essencial para o planejamento de ações específicas, principalmente com base nos mapas de calor, considerados mais eficientes do que o tradicional LIRAa.

Integração e expansão

O evento também contou com a presença de representantes da Fiocruz e do Ministério da Saúde, além de alinhamento técnico entre as esferas municipal, estadual e federal. A SES reafirmou o compromisso com o fortalecimento das equipes, inclusive com doação de veículos para intensificar o trabalho de campo.

“O grande diferencial das ovitrampas é a resposta imediata que elas oferecem. É um verdadeiro termômetro da infestação, que ajuda a agir com rapidez”, explicou Paulo Silva. Segundo ele, a iniciativa será expandida para outros municípios, especialmente em áreas com maior risco de surtos. Com informações: Agência de Notícias.




Diário do Interior MS
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