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MS inicia campanha nacional para coleta de DNA de familiares de desaparecidos


Mobilização começa nesta terça com coleta simbólica em Campo Grande e busca ampliar o Banco Nacional de Perfis Genéticos para facilitar identificação de pessoas desaparecidas.
Coleta de DNA será realizada na sede da DHPP, em Campo Grande, e em mais 14 cidades do interior de MS como parte da campanha nacional de identificação de desaparecidos. Foto: Divulgação. Por: Editorial | 04/08/2025 08:12

Mato Grosso do Sul dá início nesta terça-feira (05) à Campanha Nacional de Coleta de DNA de Familiares de Pessoas Desaparecidas, uma ação coordenada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) em parceria com a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp-MS). O lançamento oficial, marcado como o “Dia D” da mobilização no estado, será às 9h na sede da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), em Campo Grande.

A cerimônia marcará simbolicamente o início da campanha com a coleta de material genético de três familiares de pessoas desaparecidas. A ação integra uma força-tarefa nacional que acontece simultaneamente de 5 a 15 de agosto em todo o país, com o objetivo de ampliar o Banco Nacional de Perfis Genéticos e, assim, ajudar na identificação de pessoas desaparecidas.

No Mato Grosso do Sul, a campanha é executada pela Polícia Civil, por meio da DHPP, e pela Polícia Científica, através do Instituto de Análises Laboratoriais Forenses (IALF). Segundo o delegado titular da DHPP, Rodolfo Carlos Ribeiro Daltro, a coleta de DNA é uma ferramenta essencial na elucidação de casos antigos. “A campanha visa a identificação de corpos que estão no IMOL e de pessoas enterradas sem identificação. Com o fornecimento de material genético pelos familiares, é possível cruzar esses dados e tentar identificar essas pessoas”, destacou.

De acordo com Josemirtes Prado da Silva, diretora do IALF/PCiMS, a coleta é simples, indolor e será feita em Campo Grande e em 14 cidades do interior. “O processo é feito com um cotonete na parte interna da boca. Também é possível trazer itens do desaparecido, como escova de dentes, cordão umbilical ou dente de leite. Cada item pode contribuir para trazer respostas às famílias”, explicou.

Em 2024, a iniciativa coletou 1.645 amostras em todo o país e permitiu a identificação de 38 pessoas. No Mato Grosso do Sul, duas pessoas foram identificadas por meio do cruzamento de perfis genéticos com restos mortais não identificados.

A campanha, coordenada nacionalmente pela Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), também busca acelerar a análise de amostras pendentes e incentivar a participação das famílias. Para contribuir, é necessário ter um boletim de ocorrência registrado do desaparecimento e apresentar documentos pessoais no momento da coleta.

Ainda nesta terça-feira, o MJSP lança em Brasília o caderno digital Transformando Números em Histórias, que reúne relatos emocionantes de pessoas identificadas na campanha anterior, destacando o impacto humano por trás das estatísticas. MS.gov.




Diário do Interior MS
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