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Maranhão entra na rota do etanol de milho com a maior biorrefinaria da América Latina


Com investimento de R$ 2,5 bilhões, inauguração da Inpasa em Balsas fortalece a industrialização do Matopiba, reduz dependência de combustíveis fósseis e projeta o estado como protagonista da transição energética no Brasil.
Cerimônia de inauguração da biorrefinaria da Inpasa em Balsas, Maranhão: planta deve dobrar capacidade até o fim de 2025 e impulsionar economia regional com geração de empregos e biocombustíveis sustentáveis. (Foto: Divulgação/Inpasa). Por: Editorial | 04/08/2025 08:16

A cidade de Balsas, no sul do Maranhão, se tornou palco de um marco para a bioenergia nacional com a inauguração da maior biorrefinaria de etanol de milho da América Latina. A nova unidade da Inpasa Brasil, instalada na região do Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), representa um salto estratégico na descentralização da produção de biocombustíveis e na consolidação do Brasil como referência global na transição energética.

Com aporte de R$ 2,5 bilhões, a planta terá capacidade inicial para processar 2 bilhões de toneladas de grãos por ano e produzir até 925 milhões de litros de etanol. O governo do Maranhão garantiu incentivo fiscal à operação, com redução de 90% da carga tributária — medida que, segundo o governador Carlos Brandão, foi fundamental para viabilizar o projeto e promover a industrialização regional.

“Estamos agregando valor à nossa produção agrícola e gerando arrecadação que poderá ser reinvestida em áreas como saúde e educação”, afirmou o governador durante a inauguração no dia 1º de agosto.

A usina atenderá parte significativa da demanda local por etanol hidratado, o que reduz custos logísticos, aumenta a competitividade frente à gasolina e fortalece a sustentabilidade da matriz energética brasileira. A inauguração ocorre em meio à elevação da mistura obrigatória de etanol anidro na gasolina — de 27% para 30% — e de biodiesel no diesel, de 14% para 15%, conforme aprovado pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE).

Para o deputado Arnaldo Jardim, relator da Lei do Combustível do Futuro, a medida é uma resposta eficiente e de baixo custo para reduzir as emissões de carbono. “Estamos destravando um ciclo virtuoso que agrega valor à produção agrícola e à economia como um todo”, destacou.

Gustavo Mariano, vice-presidente da Inpasa, destacou que o etanol de milho produzido em Balsas tem potencial para atender diversos setores, desde o transporte pesado até a aviação comercial, com foco também em mercados industriais como cosméticos, bebidas e farmacêutico.

A Inpasa anunciou ainda a duplicação da planta até o final de 2025, com novos investimentos de R$ 2,5 bilhões e a criação de 4,5 mil empregos diretos e indiretos. A capacidade de processamento deve dobrar, passando a consumir cerca de 6 mil toneladas de milho por dia.

O setor de etanol de milho vive um momento de forte expansão no Brasil, com 25 usinas em operação e outras 10 em fase de construção. A projeção, segundo a Novonesis, é de crescimento de 75% no número de unidades nos próximos anos, com destaque para os estados do Centro-Oeste e agora também do Nordeste.

Com essa nova planta, o Maranhão passa a integrar o novo mapa da bioenergia nacional, posicionando-se como um dos polos emergentes da transição energética e da economia de baixo carbono no Brasil. Com informações: Notícias Agrícolas.




Diário do Interior MS
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