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Prisão de Bolsonaro é reação à exposição de “justiça paralela” de Moraes, afirma analista político


Segundo o cientista político Paulo Moura, revelações feitas por jornalistas explicam a ofensiva do STF e podem gerar tensão diplomática com os EUA.
Paulo Moura, do Canal Dextra, aponta que decisões do ministro Alexandre de Moraes têm motivação política e visam controlar o cenário eleitoral de 2026 (Foto: Reprodução/Notícias Agrícolas). Por: Editorial | 05/08/2025 15:14

O cientista político Paulo Moura, do Canal Dextra, afirmou nesta terça-feira (5) que a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro, decretada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), é uma reação direta às recentes denúncias sobre uma suposta “justiça paralela” conduzida pelo magistrado nos processos relacionados aos atos de 8 de janeiro de 2023.

As informações, divulgadas pelos jornalistas David Ágape e Eli Vieira, reforçam, segundo Moura, que há uma estratégia do Supremo para influenciar o cenário político. “Moraes já tinha conhecimento dessas revelações, que davam sequência à série da Folha de S. Paulo interrompida antes das partes mais relevantes. Agora, com a divulgação, a prisão de Bolsonaro serve para dominar o noticiário — e está conseguindo”, disse.

Moura também apontou possíveis impactos diplomáticos. Segundo ele, o governo dos Estados Unidos, que já criticou a atuação de Moraes, pode reagir à escalada de decisões. “Nos últimos dias houve sinais de aproximação entre os governos, mas a postura do ministro pode provocar respostas mais duras dos EUA”, alertou.

Outro fator de tensão, segundo o analista, é o discurso do presidente Lula, que vem adotando um tom confrontador em relação ao ex-presidente Donald Trump, o que pode ampliar o desgaste nas relações exteriores.

“O Brasil vive um estado de exceção. Líderes da oposição afirmam que já não há democracia, e as pesquisas indicam uma vitória expressiva da direita nas próximas eleições, especialmente no Senado. O STF não atua como árbitro, mas como jogador a favor da reeleição de Lula”, afirmou Moura.

Com a retomada dos trabalhos no Congresso nesta terça-feira, a oposição promete intensificar a pauta da anistia aos presos do 8 de janeiro e pode avançar em pedidos de impeachment contra Moraes, impulsionados pelas denúncias sobre o chamado “gabinete paralelo”.

Moura concluiu destacando que novas informações podem surgir nos próximos dias, incluindo revelações do ex-assessor de Moraes, Eduardo Tagliaferro, o que pode aprofundar ainda mais a crise entre os poderes. Com informações: Notícias Agrícolas. 




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