Os preços futuros da soja na Bolsa de Chicago acumularam mais uma semana de baixas, registrando recuos próximos a 1% nas posições mais negociadas. Nesta sexta-feira (8), os contratos fecharam em queda, com o maio registrando US$ 9,67 por bushel, o que representa uma perda acumulada de 0,82% na semana, e o novembro a US$ 9,86, com baixa de 0,70%. O mercado internacional segue pressionado principalmente pela boa safra em desenvolvimento nos Estados Unidos e pela ausência da China nas compras do país norte-americano.
Apesar do cenário internacional negativo, o mercado brasileiro segue com prêmios elevados, atingindo os níveis mais altos desde 2018. A demanda forte da China pelo grão nacional tem impulsionado os valores do basis no Brasil e na Argentina. Somente nesta semana, a China comprou cerca de 28 embarques da safra velha brasileira, elevando os prêmios em até 30 cents de dólar nas principais posições.
No entanto, a alta nos prêmios tem afetado as margens de esmagamento das indústrias nacionais, que enfrentam dificuldades devido aos preços elevados do grão e aos valores mínimos do farelo de soja em vários anos. Analistas destacam que a situação é insustentável para o setor e que a continuidade do ritmo de compras da China no Brasil, sem a inserção da soja americana no mercado chinês, pode agravar a distorção nos preços e afetar a produção de óleo e biodiesel no país.
Na próxima semana, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) deve divulgar um novo relatório mensal de oferta e demanda, com expectativas de redução nas estimativas de exportação e possível aumento na projeção da safra 2025/26, o que pode manter a pressão sobre as cotações internacionais. Com informações: Notícias Agrícolas.