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Soja registra nova semana de queda na Bolsa de Chicago, mas prêmios no Brasil atingem níveis recordes


Enquanto os futuros da oleaginosa recuam no mercado internacional, a forte demanda da China mantém os prêmios brasileiros em alta, pressionando as margens das indústrias nacionais.
Carga de soja brasileira pronta para exportação em porto de Santos, principal ponto de escoamento da oleaginosa que tem prêmios elevados devido à demanda chinesa. Foto: Por: Editorial | 09/08/2025 11:09

Os preços futuros da soja na Bolsa de Chicago acumularam mais uma semana de baixas, registrando recuos próximos a 1% nas posições mais negociadas. Nesta sexta-feira (8), os contratos fecharam em queda, com o maio registrando US$ 9,67 por bushel, o que representa uma perda acumulada de 0,82% na semana, e o novembro a US$ 9,86, com baixa de 0,70%. O mercado internacional segue pressionado principalmente pela boa safra em desenvolvimento nos Estados Unidos e pela ausência da China nas compras do país norte-americano.

Apesar do cenário internacional negativo, o mercado brasileiro segue com prêmios elevados, atingindo os níveis mais altos desde 2018. A demanda forte da China pelo grão nacional tem impulsionado os valores do basis no Brasil e na Argentina. Somente nesta semana, a China comprou cerca de 28 embarques da safra velha brasileira, elevando os prêmios em até 30 cents de dólar nas principais posições.

No entanto, a alta nos prêmios tem afetado as margens de esmagamento das indústrias nacionais, que enfrentam dificuldades devido aos preços elevados do grão e aos valores mínimos do farelo de soja em vários anos. Analistas destacam que a situação é insustentável para o setor e que a continuidade do ritmo de compras da China no Brasil, sem a inserção da soja americana no mercado chinês, pode agravar a distorção nos preços e afetar a produção de óleo e biodiesel no país.

Na próxima semana, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) deve divulgar um novo relatório mensal de oferta e demanda, com expectativas de redução nas estimativas de exportação e possível aumento na projeção da safra 2025/26, o que pode manter a pressão sobre as cotações internacionais. Com informações: Notícias Agrícolas.




Diário do Interior MS
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