Inaugurado no último sábado (9), o Samu Indígena de Dourados já demonstra impacto positivo: o tempo médio de resposta caiu para apenas 7 minutos, segundo o coordenador regional do serviço, médico Otávio Miguel Liston. No primeiro fim de semana, seis atendimentos foram realizados — três por dia —, mantendo a média de demandas registradas antes da implantação da base.
A nova unidade, localizada no Hospital da Missão Evangélica Kaiowá, na Aldeia Jaguapiru, elimina os longos deslocamentos que as equipes enfrentavam ao saírem do centro da cidade. Agora, a proximidade com as aldeias Jaguapiru e Bororó garante maior eficiência em emergências.
O serviço opera 24 horas com uma equipe de 14 profissionais, incluindo técnicos de enfermagem, enfermeiros e condutores-socorristas. Desse total, 50% são indígenas fluentes em português e guarani, assegurando não apenas agilidade, mas também um atendimento culturalmente sensível.
Projeto piloto do Governo Federal
A base integra um projeto piloto desenvolvido pela Secretaria de Atenção Especializada à Saúde e pela Sesai (Secretaria de Saúde Indígena), com apoio do DSEI-MS e da Prefeitura de Dourados. A cidade abriga a maior reserva indígena em área urbana do Brasil, com mais de 18 mil moradores — população superior à de 41 municípios sul-mato-grossenses.
Para o prefeito Marçal Filho, o Samu Indígena é um marco: “Dourados sai na frente ao oferecer um serviço ágil e que respeita as especificidades culturais dos povos originários”. A estrutura atual é provisória, mas uma sede definitiva já está planejada.
Com a iniciativa, a expectativa é que a qualidade no atendimento de urgência às comunidades indígenas seja um modelo a ser replicado em outras regiões do país. Com informações: Dourados News.