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Inauguração de biorrefinaria em Balsas transforma logística e agronegócio no Maranhão


Com capacidade para processar 1 milhão de toneladas de cereais ao ano, unidade da Inpasa altera destino do milho, movimenta infraestrutura e fortalece produção de etanol, óleo vegetal e energia elétrica.
Biorrefinaria da Inpasa em Balsas (MA) tem capacidade para processar 1 milhão de toneladas de milho e sorgo por ano, movimentando a economia e a logística agrícola do sul do Maranhão. Foto: Reprodução. Por: Editorial | 13/08/2025 09:48

A inauguração da biorrefinaria da Inpasa em Balsas/MA está reconfigurando o cenário agrícola e logístico do sul do Maranhão. A unidade, que processa milho e sorgo para produção de etanol, DDGS, óleo vegetal e energia elétrica, já impacta diretamente os preços, o fluxo de exportações e a infraestrutura regional.

Segundo Paulo Bertolini, presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Milho e Sorgo (Abramilho), o principal desafio dos produtores é o armazenamento e escoamento da safra. “Geralmente, nessas regiões não há uma boa infraestrutura. O milho sofre muito com armazenamento, escoamento e rodovias que permitam uma estocagem adequada”, afirmou ao Notícias Agrícolas.

Dados do Boletim Logístico da Conab, divulgado em julho de 2025, indicam que o encerramento da colheita da soja no Maranhão reduziu a oferta de cargas para transporte rodoviário, pressionando os preços de frete. A demanda da Inpasa, entretanto, vem alterando o destino do milho, antes exportado pelo Porto do Itaqui, para processamento local, o que mantém os custos de transporte mais baixos.

O governador do Maranhão, Carlos Brandão, destacou a importância de investir em infraestrutura para escoamento da produção. Recentemente, entregou 7 quilômetros de pavimentação na Ladeira do Pisa, em Tasso Fragoso, e assinou ordem de serviço para 31 quilômetros de asfalto na Rodovia Transpenitente (MA-006), que liga Balsas, Tasso Fragoso e Alto Parnaíba — região estratégica com mais de 200 mil hectares de soja, milho e algodão.

Produtores da Serra do Penitente também estão investindo na rodovia, ampliando 30 quilômetros de pavimentação em parceria com o governo. Segundo Pedro Cervi, presidente da Associação dos Produtores da Serra do Penitente (APSP), a região responde por cerca de 1 milhão de toneladas de soja ao ano, equivalente a 25% do PIB agrícola do estado.

O Porto do Itaqui continua a desempenhar papel central no escoamento da produção maranhense. Em junho de 2025, o porto embarcou 461,2 mil toneladas de soja, consolidando-se como o segundo maior exportador do país. Para aumentar a capacidade, o “Novo Berço 98” está em construção, com conclusão prevista para outubro de 2026, elevando a capacidade anual do terminal de 15 milhões para 23,5 milhões de toneladas.

A expansão da Inpasa, junto com investimentos em infraestrutura rodoviária e portuária, evidencia a transformação do Maranhão em um polo estratégico do agronegócio e da produção de biocombustíveis no Brasil. Com informações: Notícias Agrícolas.




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