Lula defende ampliação do comércio com Equador e reforça parceria sul-americana

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu nesta segunda-feira (18) o presidente do Equador, Daniel Noboa, em visita oficial a Brasília, defendendo a ampliação das relações comerciais e reforçando que a parceria com os países sul-americanos é prioridade para o Brasil.

Em declaração à imprensa, Lula destacou a importância da diversificação de parceiros comerciais em um cenário global desafiador. “Para o Brasil, a autonomia é sinônimo de diversificação de parcerias. Os laços com o Equador e com os demais vizinhos sul-americanos são prioridades para nós”, afirmou.

O presidente anunciou que o Brasil retomará a importação de bananas equatorianas, cumprindo decisão judicial que prevê a entrada gradual do produto no mercado brasileiro, começando pela banana desidratada e, até o fim do ano, pela banana in natura. Lula também ressaltou a expectativa de atenção do Equador a produtos brasileiros, como a carne suína, e a necessidade de atualização do acordo entre Mercosul e o país vizinho.

Além de comércio, o encontro abordou cooperação no combate ao crime organizado, com destaque para a reabertura da adidância da Polícia Federal em Quito e treinamentos conjuntos em investigação de crimes financeiros. O presidente brasileiro também reforçou a urgência da regulação das redes digitais, responsabilizando as grandes empresas de tecnologia pela segurança da sociedade.

Durante a visita, foram assinados atos oficiais em áreas estratégicas, incluindo segurança alimentar, inteligência artificial e agricultura familiar. Os acordos preveem troca de experiências contra a fome, capacitação em infraestrutura de computação de alto desempenho e políticas públicas para agricultura sustentável e redução de desperdícios.

O encontro foi encerrado com almoço no Palácio Itamaraty, reunindo líderes e autoridades dos dois países. Em 2024, a corrente de comércio entre Brasil e Equador somou US$ 1,1 bilhão, com destaque para exportações de veículos, máquinas, medicamentos e produtos de papel e celulose. Com informações: Agência Brasil.