O Brasil importou em julho o maior volume de fertilizantes do ano, totalizando 4,79 milhões de toneladas, segundo dados do Ministério da Indústria e Comércio Exterior (MDIC). O resultado representa crescimento de 15,6% em relação a junho e de 7,1% frente ao mesmo mês de 2024, estabelecendo um recorde histórico para julho.
No acumulado de 2025, as importações brasileiras somam 24,2 milhões de toneladas, superando em 2,2% o recorde anterior registrado em 2022 e marcando o maior volume já registrado para o período.
Entre janeiro e julho, a Rússia manteve-se como principal fornecedora, com 6,88 milhões de toneladas embarcadas, seguida pela China, com 5,14 milhões de toneladas, e pelo Canadá, com 3,1 milhões de toneladas.
A consultoria Datagro destaca que a alta demanda foi motivada pela antecipação de compras, impulsionada por incertezas geopolíticas e possíveis sanções norte-americanas sobre importadores de fertilizantes russos. O preço médio dos principais insumos também registrou aumento significativo: a ureia subiu 23% em 12 meses, o MAP 23,8% e o KCl 14,5%.
O porto de Paranaguá, no Paraná, foi a principal porta de entrada de fertilizantes no país, com 6,34 milhões de toneladas, enquanto o gasto total com importações do insumo atingiu US$ 8,8 bilhões, equivalente a 5,2% do total das importações brasileiras.
Segundo a Datagro, apesar dos preços elevados, a compra de fertilizantes deve continuar, já que a falta do insumo impactaria diretamente na produtividade das lavouras. Com informações: Canal Rural.