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Atividades ao ar livre ajudam a prevenir miopia em crianças, aponta estudo


Publicação do Conselho Brasileiro de Oftalmologia revela que tempo fora de casa reduz riscos e alerta para impacto da urbanização e das telas na infância.
Atividades ao ar livre durante a infância reduzem significativamente o risco de miopia, aponta estudo do Conselho Brasileiro de Oftalmologia. Foto: Divulgação. Por: Editorial | 27/08/2025 14:02

A prática de atividades ao ar livre pode ser uma aliada importante na prevenção da miopia em crianças e adolescentes. A conclusão é do Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO), que lança nesta sexta-feira (29), em Curitiba (PR), durante o 69º Congresso Brasileiro de Oftalmologia, a publicação CBO Miopia, com um panorama sobre a doença no Brasil.

De acordo com o levantamento, a miopia atinge atualmente 7,6% de crianças e adolescentes brasileiros entre 3 e 18 anos. O estudo mostra diferenças marcantes: em comunidades quilombolas rurais, a prevalência é de apenas 1,06%, enquanto em áreas urbanas sobe para 20,4%.

O CBO alerta que, embora o índice brasileiro seja semelhante ao da América Latina (8,61%), ainda está distante de países asiáticos, como a China (87,7%), Coreia do Sul (69%) e Singapura (66%), onde a urbanização e o uso precoce de telas aceleram o avanço da condição.

Entre os fatores de risco estão a herança genética – filhos de pais míopes têm até cinco vezes mais chance de desenvolver a doença – e os hábitos do cotidiano, como leitura prolongada em ambientes fechados e pouco tempo ao ar livre. O conselho ressalta que a exposição solar tem efeito protetor: 40 minutos diários de atividades externas já ajudam a reduzir significativamente o risco.

A pandemia de covid-19 reforçou essa relação. Em Hong Kong, a prevalência de miopia saltou de 44% para 55% em apenas um ano, em razão da diminuição drástica do tempo fora de casa.

O estudo também destaca os custos futuros da condição, que podem aumentar com o envelhecimento da população míope e o risco de complicações graves. Diante disso, especialistas defendem a implementação de políticas públicas, como triagem visual nas escolas, campanhas de incentivo a atividades externas e consultas oftalmológicas regulares. Com informações: Agência Brasil.




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