A leucocoria é uma condição em que a pupila apresenta coloração branca no lugar do tradicional preto, podendo ser detectada tanto na observação direta quanto em fotografias com flash. Embora nem sempre indique gravidade, esse sinal pode revelar doenças oculares graves, como catarata congênita ou retinoblastoma, tumor intraocular maligno mais comum na infância. Especialistas reforçam que qualquer diferença de cor entre os olhos deve ser investigada rapidamente.
Durante o 69º Congresso Brasileiro de Oftalmologia, a oftalmologista Rosa Maria Graziano, ex-presidente da Sociedade Brasileira de Oftalmologia Pediátrica (Sbop), alertou que a leucocoria é uma emergência oftalmológica. “A leucocoria é um sinal, não um diagnóstico. Ela não salva só o olho, mas a vida dessas crianças”, afirmou.
O teste do reflexo vermelho, ou teste do olhinho, é obrigatório na maioria dos estados e deve ser realizado entre 48 e 62 horas após o nascimento, com repetição pelo menos três vezes ao ano até os cinco anos de idade, conforme diretriz do Ministério da Saúde. Alterações no reflexo vermelho podem indicar desde condições benignas até problemas graves, como retinoblastoma, descolamento de retina ou infecções intraoculares.
O exame detalhado é feito com oftalmoscópio, muitas vezes utilizando colírios dilatadores para permitir a visualização completa do fundo de olho. A Sbop alerta que qualquer suspeita de leucocoria exige avaliação imediata para descartar condições graves e iniciar tratamento precoce, aumentando as chances de preservar a visão e a saúde da criança. Com informações: Agência Brasil.