Naviraí/MS – Em uma ação rápida e eficiente, a Polícia Civil prendeu na manhã desta quinta-feira (11) a autora de um incêndio criminoso que destruiu um ferro-velho no centro da cidade e causou prejuízos estimados em R$ 2 milhões. A suspeita, F. S. C., de 33 anos, foi localizada horas após o crime ainda com as roupas e o isqueiro utilizados no ato, conforme registrado por câmeras de segurança.
O incêndio teve início por volta das 0h10 e rapidamente tomou grandes proporções, consumindo completamente os barracões de reciclagem e colocando residências vizinhas em risco. O combate às chamas mobilizou o Corpo de Bombeiros, que contou com o apoio de caminhões-pipa da Usina Rio Amambai. A Polícia Militar atuou no isolamento da área, na retirada de veículos e na evacuação preventiva de moradores. O fornecimento de energia elétrica no local foi cortado pela Energisa como medida de segurança. O incêndio foi controlado somente às 4h20.
Além dos barracões principais, o fogo destruiu oito caminhões, três máquinas enfardadeiras e todo o escritório administrativo, incluindo computadores, impressoras, móveis e o sistema de câmeras de segurança. Uma sala de igreja e uma residência anexa ao terreno também foram atingidas. Não houve vítimas.
De acordo com as imagens das câmeras: Mulher e presa com as mesmas roupas e o isqueiro, suspeita é conduzida pela Polícia Civil. Foto: PCMS
Investigações e Prisão
Com as chamas controladas, os peritos e investigadores da Polícia Civil adentraram os escombros para iniciar as investigações e dar andamento às diligências. As imagens remanescentes do sistema de segurança foram fundamentais para identificar a autora do crime.
Por volta das 10h da manhã, a equipe policial localizou F. S. C. Ela estava usando o mesmo boné de cor rosa visto nas filmagens e portava o isqueiro utilizado para iniciar o fogo. A suspeita recebeu voz de prisão e foi encaminhada para a 1ª Delegacia de Polícia Civil de Naviraí, onde confessou o crime. Ela alegou que agiu movida por ciúmes do companheiro.
Segundo o delegado Silvio Ramos, a mulher suspeita é alcoólatra e vive em situação de rua. A autoridade policial ratificou a prisão em flagrante delito. Considerando a gravidade do fato, o altíssimo valor do prejuízo causado e o risco de ela cometer novos crimes, a polícia representou pela conversão da prisão em flagrante em prisão preventiva. O caso agora segue para a Justiça.