Mesmo com a tarifa de 76,4% imposta pelo governo do então presidente americano Donald Trump sobre a carne bovina brasileira, as empresas exportadoras do setor seguem otimistas e projetam um aumento de 14% nas vendas externas em 2025. A expectativa é que os embarques passem de 2,89 milhões de toneladas em 2024 para 3,3 milhões neste ano, alcançando cerca de 150 países.
Segundo Roberto Perosa, presidente da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), a capacidade de articulação do setor tem sido essencial para manter os negócios mesmo diante de barreiras comerciais. “A despeito das tarifas e das questões geopolíticas, o brasileiro, principalmente o setor da pecuária, tem muita capacidade de realocação dos seus produtos”, afirmou.
Apesar de reconhecer que o mercado dos Estados Unidos é altamente rentável e que a perda do segundo maior cliente afeta o setor, Perosa destacou que ainda há exportações para os norte-americanos devido à competitividade conquistada pelo país.
Empresas como JBS, Marfrig e Minerva já miram novos destinos para compensar as perdas, como Vietnã, Japão, Turquia e Coreia do Sul. Além disso, representantes de 22 países árabes do Norte da África e do Oriente Médio serão recebidos nesta quinta-feira (18) em Brasília pelo ministro da Ministério da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, em reunião organizada pela Câmara de Comércio Árabe-Brasileira. O encontro apresentará alternativas para redirecionar parte da produção brasileira sobretaxada pelos EUA para os mercados árabes. Com informações: Reuters.