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Amambai: Da Aldeia Guapoy, MC Anarandá apresenta primeiro disco autoral


Natural de Amambai, a cantora e ativista apresenta “Nossas Vozes”, trabalho que celebra resistência, ancestralidade e empoderamento feminino.
MC Anarandá durante sessão de fotos para lançamento do álbum Nossas Vozes. Foto: Marineti Pinheiro. Por: Editorial | 23/09/2025 09:22

Natural da Aldeia Guapoy, em Amambai, MC Anaranda, 28 anos, acaba de lançar seu primeiro álbum autoral, intitulado Nossas Vozes. O trabalho já está disponível em todas as plataformas digitais desde terça-feira (23), data escolhida para simbolizar a chegada da primavera, o florescimento e a renovação.

O disco reúne oito faixas inéditas, entre elas Rap Dor de um Parto, Escuta Minha Voz, Che Machu Manduakemi, Amazônia, Mãe (em parceria com a Orquestra Indígena), Assédio, Rap Jasy Tata – A Lua de Fogo e Te Procuro. Com cerca de 30 minutos de duração, as músicas misturam batidas urbanas do rap com cantos tradicionais indígenas.

Voz e resistência
O nome Anaranda, em Guarani, significa "mulher forte, brilhante e comunicadora". A artista usa suas letras para transmitir mensagens de resistência, denúncia social, empoderamento feminino e valorização da ancestralidade dos povos Guarani Kaiowá e Terena.

"O rap sempre foi uma ferramenta de resistência para os povos negros e periféricos, e eu trago ele para somar com a luta do meu povo, para dizer que estamos vivos, presentes e fortes", afirmou MC Anaranda.

Tradição e o rap
O processo criativo do álbum nasceu da vivência nas aldeias e das memórias coletivas. Cada música representa um pedaço da luta e da espiritualidade de seu povo.

"Minha maior inspiração foi o meu próprio povo, meus ancestrais, as mulheres que lutam, que resistem. Lançar na primavera é como plantar uma semente de esperança para que essa música floresça no coração de quem ouvir", declarou a artista.

Além da carreira musical, MC Anaranda também atua como professora de língua materna, escritora, atriz e influenciadora digital, integrando todas essas expressões à sua arte.

"O meu rap é um diálogo entre a batida urbana e os cantos tradicionais, a espiritualidade e a resistência do povo Guarani Kaiowá", completou.

Com informações: Dourados News.




Diário do Interior MS
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