A prévia da inflação oficial de setembro, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), registrou alta de 0,48%, impactada principalmente pelo aumento da conta de energia elétrica. Em agosto, o indicador havia caído 0,14%, enquanto em setembro de 2024 marcou 0,13%. No acumulado em 12 meses, o índice chega a 5,32%, permanecendo acima do teto da meta do governo de 4,5%.
O aumento da energia elétrica é explicado pela “devolução” do Bônus Itaipu, desconto aplicado em agosto que beneficiou mais de 80 milhões de consumidores. Sem o bônus, a fatura ficou mais alta, somada à vigência da bandeira tarifária vermelha patamar 2, que adicionou R$ 7,87 a cada 100 KWh consumidos. O reajuste é determinado pela Aneel para custear a energia gerada por usinas termelétricas, mais cara que a hidrelétrica, durante períodos de baixa nos reservatórios.
Entre os grupos de preços apurados pelo IBGE, habitação teve maior impacto (3,31%), responsável por 0,5 ponto percentual do IPCA-15 de setembro, seguido por vestuário (0,97%) e saúde e cuidados pessoais (0,36%). Por outro lado, alimentos e bebidas caíram 0,35%, registrando o quarto mês consecutivo de queda. Entre os itens em queda estão tomate (-17,49%), cebola (-8,65%), arroz (-2,91%) e café moído (-1,81%). Já as frutas subiram em média 1,03%.
O IPCA-15 é uma prévia da inflação oficial (IPCA), calculada com metodologia semelhante, mas com coleta de preços antecipada, realizada entre os dias 15 do mês anterior e 15 do mês de referência. A divulgação do IPCA completo de setembro está prevista para 9 de outubro. Com informações: Agência Brasil.