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Do resgate à liberdade: Imasul inicia fase de adaptação de filhotes de tamanduá-bandeira


Animais órfãos recebem cuidados intensivos antes de serem reintegrados ao habitat natural, reforçando a conservação da fauna sul-mato-grossense.
Por: Editorial | 27/09/2025 17:17

O Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul) deu mais um passo importante na preservação da fauna local ao encaminhar dois filhotes de tamanduá-bandeira para o Instituto Tamanduá, em Aquidauana. Os animais, resgatados ainda órfãos, iniciam agora a fase de adaptação em ambiente natural, etapa essencial para sua reintegração à vida livre.

Um dos filhotes é uma fêmea encontrada na zona rural de Campo Grande em novembro de 2024. Com apenas 1 kg e recém-nascida, ela chegou ao Centro de Reabilitação de Animais Silvestres (CRAS) necessitando de cuidados intensivos. Dez meses depois, pesa 15 kg, já se alimenta de forma mais independente e deve completar o aleitamento em novembro, consolidando sua autonomia.

O outro é um macho resgatado em maio deste ano, com cerca de dois meses e 2,5 kg. Após quatro meses de internação e atenção especializada, alcançou 10 kg e se aproxima da soltura definitiva, prevista para 2026, quando atingir o desenvolvimento completo necessário para sobreviver sozinho.

No CRAS, os tamanduás passam cerca de seis meses recebendo cuidados que incluem desmame gradual e aprendizado alimentar — desde o leite no pote até papas e cupins. Ao atingir entre 15 e 20 kg, são transferidos para áreas de pré-soltura, onde retomam instintos naturais e exploram o ambiente. A soltura definitiva ocorre por volta de 30 kg, aumentando suas chances de sobrevivência.

Para o diretor-presidente do Imasul, André Borges, cada filhote devolvido à natureza é uma vitória. “Cada animal resgatado e reabilitado reforça nosso compromisso com a fauna e com o equilíbrio ecológico do Estado”, afirmou.

A médica-veterinária Paloma, responsável pelo setor de neonatologia, destacou o progresso dos filhotes. “Ver esses animais frágeis crescerem e se tornarem independentes é a prova de que nosso trabalho realmente faz a diferença”, disse.

A gestora do CRAS, Aline Duarte, reforçou a importância do esforço coletivo. “Cada filhote carrega uma história de fragilidade e risco, mas também a chance de um novo começo. É gratificante contribuir para manter viva a biodiversidade de Mato Grosso do Sul.”

O envio dos tamanduás para adaptação em Aquidauana simboliza o compromisso contínuo do Imasul com a conservação da fauna e a proteção das espécies ameaçadas, garantindo que desempenhem seu papel essencial nos ecossistemas sul-mato-grossenses.




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