O mercado de defensivos agrícolas voltado para a segunda safra de milho registrou retração de 7% em 2025, movimentando US$ 2,36 bilhões contra US$ 2,52 bilhões no ciclo 2023/24. Os dados são da Kynetec Brasil, que atribui a queda à redução média de 13% nos custos dos insumos e à desvalorização de 16% do real frente ao dólar.
Apesar do recuo financeiro, a área plantada avançou 6%, atingindo 16,9 milhões de hectares, e a adoção de tecnologias cresceu 11% em média. O indicador de área potencial tratada subiu 24%, alcançando 386 milhões de hectares, reflexo do aumento nas aplicações de produtos diante de um cenário de maior pressão de pragas, doenças e plantas daninhas.
No detalhamento por segmentos, os inseticidas foliares lideraram os gastos, com US$ 891 milhões (38% do total), seguidos pelos fungicidas foliares, que alcançaram US$ 500 milhões e, pela primeira vez, superaram os herbicidas (US$ 466 milhões). Produtos para tratamento de sementes (US$ 306 milhões) e nematicidas (US$ 195 milhões) completaram o ranking.
A pesquisa apontou crescimento expressivo na adoção de nematicidas, que saltaram de 33% para 44% da área cultivada, alcançando 7,43 milhões de hectares, impulsionados pelo avanço das sementes tratadas. Também ganharam espaço os fungicidas "premium", que passaram a responder por 49% dos investimentos no controle de doenças.
Regionalmente, Mato Grosso manteve a liderança, com 43% da área cultivada (7,25 milhões de hectares). Paraná (16%), Goiás e Mato Grosso do Sul (13% cada) também se destacaram, enquanto Bahia, Mapitopa, Minas Gerais, São Paulo e Sergipe somaram 15% da produção. Com informações: Agro Notícia.