A taxa de desocupação no Brasil chegou a 5,6% no trimestre encerrado em agosto, mantendo o patamar mais baixo desde 2012, início da série histórica da PNAD Contínua, divulgada nesta terça-feira (30) pelo IBGE. O número de pessoas desocupadas caiu para 6,1 milhões, representando uma redução de 9% em relação ao trimestre anterior e 14,6% na comparação anual.
O levantamento também mostra que a ocupação atingiu novo recorde, com 102,4 milhões de pessoas empregadas, aumento de 0,5% em relação ao trimestre encerrado em maio e 1,8% em relação ao mesmo período de 2024. O crescimento foi puxado pelo setor privado formal, que contabilizou 39,1 milhões de empregados com carteira assinada, o maior número da série histórica.
Setores como administração pública, educação, saúde, serviços sociais e agricultura se destacaram no aumento do número de ocupados. A agricultura, por exemplo, registrou alta de 4,4% devido à safra de café no Nordeste e Sudeste. Já o setor de transporte e armazenagem cresceu 5,5% em relação ao ano passado.
A informalidade se manteve em 38% da população ocupada, com destaque para o aumento de trabalhadores por conta própria sem CNPJ, reflexo da busca por oportunidades no comércio e alimentação.
O rendimento médio real habitual ficou em R$ 3.488, estável em relação ao trimestre anterior e 3,3% superior à comparação anual, enquanto a massa de rendimento alcançou R$ 352,6 bilhões, alta de 5,4% frente a agosto de 2024.
“O mercado de trabalho aquecido tem permitido melhores condições e benefícios aos trabalhadores, como a carteira assinada, e estimula a absorção dos desalentados, que voltam a buscar emprego”, destaca o analista William Kratochwill.
Com informações: GOV.BR