Três adolescentes indígenas, com idades entre 12 e 14 anos, foram apreendidos e indiciados pela polícia nesta terça-feira (30) após confessarem que planejavam um massacre na escola Municipal Francisco Meireles, localizada na Reserva Indígena de Dourados.
A ocorrência mobilizou a Guarda Municipal de Dourados (GMD) por volta das 9h30, depois que um monitor da escola recebeu denúncia de que os estudantes estavam armados. Na revista, os agentes encontraram facões, balaclavas, luvas, calças e outros objetos que seriam utilizados na ação, todos escondidos em mochilas.
De acordo com a delegada Andréia, titular da Deaiji (Delegacia de Atendimento à Infância, Juventude e Idoso), os adolescentes reafirmaram que articulavam o ataque à unidade educacional. A gravidade da situação levou à condução imediata dos três para a Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário).
Ainda segundo a delegada, os jovens foram indiciados pelos crimes de ameaça e pânico na sociedade, o que reforça a responsabilização penal mesmo em se tratando de menores de idade. “A legislação prevê medidas específicas para adolescentes em conflito com a lei, mas a gravidade do caso exige uma resposta firme da Justiça”, destacou.
Os adolescentes permanecem apreendidos e deverão passar por audiência de instrução. Nessa fase, a Justiça vai decidir se eles serão internados em uma Unei (Unidade Educacional de Internação) ou se responderão ao processo em liberdade assistida.
O caso gerou preocupação entre pais, alunos e profissionais da escola, que reforçaram a necessidade de medidas preventivas para garantir a segurança dentro da comunidade escolar.