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Entenda a demência por corpos de Lewy, diagnosticada em Milton Nascimento


Doença neurológica, sem cura, afeta memória, atenção e mobilidade; especialistas reforçam prevenção com hábitos saudáveis.
Milton Nascimento foi diagnosticado com demência por corpos de Lewy, condição que afeta memória, atenção e mobilidade, mas pode ser controlada com acompanhamento médico. Foto: Divulgação. Por: Editorial | 03/10/2025 07:22

O cantor Milton Nascimento, de 82 anos, foi diagnosticado com demência por corpos de Lewy, uma condição neurodegenerativa considerada a terceira forma mais comum de síndromes demenciais, atrás apenas do Alzheimer e da demência vascular. A doença, que ainda não tem cura, pode ter seus sintomas atenuados com medicamentos adequados e acompanhamento médico.

Segundo o neurologista André Felício, coordenador da pós-graduação em Neurologia da Afya Educação Médica, nem toda perda de memória ou dificuldade cognitiva é sinal de demência. “A suspeita surge quando esses problemas começam a interferir na rotina e os familiares precisam supervisionar as atividades do dia a dia. O ponto chave é a independência”, explica.

O diagnóstico envolve testes neuropsicológicos que avaliam memória, linguagem, atenção e outras funções cognitivas, além de exames de imagem. “Na doença de Alzheimer, por exemplo, a ressonância magnética mostra atrofia nos lobos temporais, o que não ocorre na demência por Lewy. Já exames que avaliam dopamina ajudam a diferenciar as doenças, já que Lewy apresenta alterações nesse neurotransmissor, causando sintomas parksonianos”, detalha Felício.

É comum que pacientes com demência por corpos de Lewy tenham sido previamente diagnosticados com Parkinson, devido a tremores e rigidez muscular, como aconteceu com Milton Nascimento nos últimos dois anos.

Embora a causa da demência ainda seja desconhecida, especialistas apontam fatores que aumentam ou reduzem o risco. “Exercícios físicos, sono de qualidade, alimentação balanceada e estímulo cognitivo são protetores. Já álcool, sedentarismo, hipertensão, diabetes e obesidade aumentam o risco”, afirma o neurologista. Estudo recente da Universidade de São Paulo indica que 60% dos casos de demência podem ser atribuídos a fatores modificáveis. Com informações: Agência Brasil.




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