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Naviraí e Deodápolis passam a integrar programa federal de renegociação de dívidas agrícolas


Municípios foram reconhecidos pelo Mapa após registrarem perdas superiores a 20% na produção de soja e milho entre 2020 e 2024.
Por: Editorial | 07/10/2025 16:10

Os produtores rurais de Naviraí e Deodápolis ganharam um novo fôlego financeiro com a inclusão dos municípios na Portaria SPA/Mapa nº 114/2025, que autoriza a renegociação de dívidas agrícolas em regiões duramente afetadas por perdas de safra. A medida representa um importante avanço no amparo aos agricultores sul-mato-grossenses, garantindo condições especiais de crédito e prazo ampliado para quitação de débitos, após sucessivos prejuízos causados pela estiagem e pelo desequilíbrio climático dos últimos anos.

Com base nos critérios do Projeto de Lei 5.122/2023, o Ministério da Agricultura e Pecuária reconheceu que os dois municípios registraram reduções de produtividade superiores a 20% nas lavouras de soja e milho em pelo menos dois anos distintos entre 2020 e 2024. O reconhecimento leva em conta dados do IBGE e decretos municipais de emergência ou calamidade pública, permitindo que os produtores acessem programas de recuperação e linhas de financiamento com juros diferenciados.

Para o presidente da Aprosoja/MS, Jorge Michelc, o reconhecimento federal é resultado da mobilização do setor produtivo. “A Aprosoja/MS tem trabalhado para que as políticas públicas contemplem a realidade do campo e ajudem o produtor a se reerguer diante das perdas”, afirmou.

A entidade participou diretamente da formulação do PL 5.122/2023, que prevê a liquidação, anistia e renegociação de dívidas do crédito rural, além de prazos mais longos e taxas reduzidas para produtores atingidos por perdas climáticas e instabilidade econômica.


Estiagem reduz produtividade da soja e do milho em Mato Grosso do Sul, aponta estudo da Aprosoja/MS

A Aprosoja/MS divulgou um estudo técnico que confirma os impactos severos da estiagem prolongada sobre as lavouras de soja e milho no estado. O levantamento analisou as safras de 2023/2024 e 2024/2025, evidenciando perdas expressivas de produtividade em razão da irregularidade das chuvas e das altas temperaturas.

A safra de soja 2023/2024 teve 4,2 milhões de hectares plantados, mas a produtividade média caiu para 48,84 sacas por hectare, uma das menores da última década — o que resultou em uma redução de 8% na produção total. As regiões centro e sul do estado, que concentram a maior parte da área cultivada, foram as mais afetadas.

O milho também sofreu com a falta de chuvas — apenas 600 milímetros no ciclo —, o que prejudicou a qualidade dos grãos e reduziu o volume colhido. Para a safra 2024/2025, o cenário climático segue desafiador, e a Aprosoja/MS reforça a importância de investimentos em irrigação, manejo e tecnologia, além de ações governamentais de mitigação dos impactos climáticos.

“O estudo mostra que, embora os produtores sejam resilientes, a falta de regularidade das chuvas tem comprometido a sustentabilidade da produção. É urgente ampliar o debate sobre gestão hídrica e inovação no campo”, afirmou Jorge Michelc.

O levantamento foi conduzido pelos projetos SIGA-MS e Produtividade, que acompanham lavouras em 79 municípios, e embasou a criação do PL 5.122/2023, reforçando a necessidade de políticas eficazes para garantir segurança econômica aos agricultores. Com informações 




Diário do Interior MS
NAVIRAÍ MS
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