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Pantaneiro sobrevive a ataque de onça em local chamado “Milagres” e atribui livramento a Deus


Peão foi atacado ao voltar para casa a cavalo; resgate contou com helicóptero do Exército e apoio dos bombeiros.
Entrevista de Paulo Cruz com Flávio Ricardo Espírito Santo Foto: Paulo Cruz/Autonewstv. Por: Editorial | 09/10/2025 16:00

O trabalhador rural de 28 anos relatou o ataque de uma onça-pintada no Pantanal sul-mato-grossense. O episódio ocorreu no sábado (4), na Fazenda Milagres, região do Paiaguás, e foi descrito por ele como “um verdadeiro milagre”. Ferido com gravidade, foi socorrido pelo Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso do Sul com apoio aéreo do Exército Brasileiro e levado à Santa Casa de Campo Grande, onde permanece internado.

Identificado como Flávio Ricardo Espírito Santo, o pantaneiro contou ao jornalista Paulo Cruz, do Autonewstv, que o ataque foi inesperado. Enquanto voltava para casa a cavalo, percebeu urubus sobrevoando uma moita, aproximou-se para verificar e foi surpreendido pelo felino. “Ela veio de repente e me puxou da montaria. Só tive tempo de me defender com os braços e chutar. Meu companheiro gritou, os cachorros avançaram e foi isso que me salvou”, relatou, ainda emocionado.

O ataque durou poucos segundos, mas deixou marcas profundas. Flávio sofreu cortes severos na cabeça e na perna esquerda. Mesmo debilitado, precisou cavalgar por cerca de 30 minutos até chegar em casa, onde recebeu ajuda da esposa. Minutos depois, uma equipe de bombeiros da Base Avançada de Lourdes chegou para os primeiros atendimentos, estabilizando-o até a chegada do helicóptero militar.

“Foi questão de minutos para eu desmaiar. A presa da onça ficou presa na minha perna. Se demorasse mais um pouco, talvez eu não estivesse aqui”, contou.

A operação de resgate mobilizou quatro bombeiros e envolveu transporte aéreo até a capital. Flávio chegou a Campo Grande por volta da meia-noite de domingo (5). Para ele, a sobrevivência está ligada à fé e a coincidências marcantes: o sobrenome “Espírito Santo” e o nome da fazenda, “Milagres”. “Deus colocou a mão e me salvou. Não tem outra explicação”, declarou.

A presença de onças na região pantaneira é comum, mas ataques a humanos são raros. O caso serve de alerta para trabalhadores rurais e moradores da região sobre a importância de redobrar os cuidados ao circular por áreas de mata fechada.




Diário do Interior MS
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