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Reforma do Imposto de Renda pode injetar R$ 27 bilhões na economia e ampliar isenção para 15 milhões de brasileiros


Com novo teto de R$ 5 mil, mais trabalhadores ficam livres do IR; especialistas apontam impacto positivo no consumo, mas alertam para manutenção da defasagem nas faixas intermediárias.
Nova faixa de isenção do IR pode beneficiar 15 milhões de brasileiros e estimular o consumo (Foto: Agência Brasil) Por: Editorial | 10/10/2025 14:05

Aprovada pela Câmara dos Deputados e agora em análise no Senado, a reforma do Imposto de Renda promete aliviar o bolso de milhões de brasileiros e movimentar a economia a partir de 2026. O Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) estima que a medida deve injetar cerca de R$ 27 bilhões por ano no consumo, impulsionando o comércio e o crescimento econômico.

Pelo texto aprovado, ficam isentos de Imposto de Renda os trabalhadores com renda mensal de até R$ 5 mil. Com isso, o número de brasileiros livres da cobrança sobe para 15 milhões — cerca de 10 milhões a mais do que hoje. Atualmente, apenas quem ganha até dois salários mínimos (R$ 3.036) é isento.

Além disso, haverá redução nas alíquotas para rendas entre R$ 5.000,01 e R$ 7.350,00. A partir desse valor, seguem válidas as alíquotas atuais de 7,5%, 15%, 22,5% e 27,5%.

Para compensar a ampliação da isenção, o texto cria uma tributação progressiva sobre lucros e dividendos superiores a R$ 50 mil por mês — chegando a 10% para rendas acima de R$ 100 mil mensais. Segundo o Ministério da Fazenda, essa cobrança afetará cerca de 140 mil contribuintes, o equivalente a 0,13% do total.

O governo destaca que a reforma deve beneficiar principalmente os trabalhadores de menor renda, ampliando o poder de compra em um momento de desaceleração econômica. As projeções atuais apontam crescimento do PIB de 2,16% em 2025 e 1,8% em 2026, abaixo dos 3,4% de 2024.

Apesar dos avanços, entidades e especialistas apontam falhas no texto. A Unafisco Nacional afirma que a proposta mantém a defasagem da tabela para rendas intermediárias e superiores, prejudicando a classe média. “Quem ganha R$ 8 mil ou R$ 9 mil continua submetido à mesma tabela congelada desde 1996, com defasagem acima de 170%”, critica Mauro Silva, presidente da entidade.

O advogado tributarista Erlan Valverde também avalia que, embora a medida traga alívio à base da pirâmide, ela aumenta a pressão sobre empresas. “A conta fecha no papel, mas pesa na prática. Faltou discutir uma reestruturação ampla, que inclua as pessoas jurídicas”, afirmou. om informações: IstoÉDinheiro




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