Quase cinco décadas após sua criação, Mato Grosso do Sul diversifica sua pauta de exportações e investe na economia criativa. Além de grãos e carnes, o Estado ganha espaço em setores como mineração, moda e artesanato, promovendo inovação, geração de emprego e fortalecimento da cultura local.
A Bella Pedra Cristal, empresa de mineração sediada em Campo Grande, exporta minerais exclusivos, como ametista, jaspe e calcita, para países como Japão, Portugal, Suíça e Dubai. O empresário Júnior Franco Roza destaca que Mato Grosso do Sul possui grande potencial mineral ainda pouco explorado, com menos de 2% do subsolo mapeado. Os produtos da empresa atendem diversos setores, incluindo ração animal, indústria de tintas e medicamentos.
(Foto: Divulgação)
Na moda, a marca Zanir Furtado transforma o couro pantaneiro em bolsas e acessórios de luxo, produzidos por jovens e mulheres de Rio Negro. Com apoio do Sebrae e do Centro Internacional de Negócios, a marca já participa de desfiles internacionais e exporta seus produtos, incluindo presentes protocolares à realeza japonesa.
O artesanato local também se consolida internacionalmente por meio da Fibra Morena, projeto liderado por Lucimar Maldonado. O coletivo transforma fibras naturais em acessórios e objetos decorativos, com venda para Japão, Irlanda e grandes centros brasileiros. A empresa trabalha com mais de 30 artesãos, incluindo indígenas Terena, e será fornecedora de presentes corporativos na COP30, reforçando a sustentabilidade e identidade cultural da região.
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Segundo Luciana Azambuja Roca, superintendente de Economia Criativa da Setesc, o setor é estratégico para o desenvolvimento socioeconômico do Estado. Mato Grosso do Sul conta hoje com 6.690 artesãos ativos, e políticas públicas estão sendo implementadas para qualificação profissional, apoio a pequenos negócios e promoção de feiras criativas, fortalecendo a economia criativa e internacionalização de produtos locais. Com informações: Agência de notícias MS