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Colômbia reage e convoca embaixador nos EUA após Trump chamar Petro de traficante e suspender ajuda financeira


Crise diplomática se intensifica entre Bogotá e Washington após o presidente americano acusar Gustavo Petro de fomentar o narcotráfico; governo colombiano promete anunciar novas medidas
Presidentes Donald Trump e Gustavo Petro protagonizam embate diplomático após acusações e corte de ajuda financeira à Colômbia. (Foto: Elizabeth Frantz/Reuters e Luisa Gonzalez/Reuters | Fonte: France Presse) Por: Editorial | 20/10/2025 13:24

A Colômbia convocou, nesta segunda-feira (20), seu embaixador em Washington para consultas, após declarações polêmicas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que chamou o presidente colombiano Gustavo Petro de “traficante de drogas” e anunciou a suspensão da ajuda financeira norte-americana ao país.

A medida foi confirmada pelo governo colombiano, que informou que o embaixador Daniel García Peña já está em Bogotá. Segundo comunicado oficial, o país “avaliará as decisões diplomáticas cabíveis diante das declarações ofensivas e da suspensão unilateral de recursos”.

No domingo (19), Trump anunciou a retirada de pagamentos e subsídios destinados à Colômbia, afirmando que o governo Petro estaria “fomentando a produção e o tráfico de drogas”. A fala provocou forte reação do presidente colombiano, que respondeu nas redes sociais chamando o líder americano de “grosseiro e ignorante”.

“Promover a paz na Colômbia não é ser narcotraficante”, escreveu Petro em uma publicação na plataforma X (antigo Twitter).

O episódio marca o pior momento nas relações entre os dois países, historicamente aliados, desde o retorno de Trump à Casa Branca e a eleição de Petro, o primeiro presidente de esquerda da Colômbia.

No mesmo dia, o secretário de Defesa dos EUA, Pete Hegseth, confirmou um ataque de forças americanas, em 17 de outubro, contra uma embarcação em águas internacionais que teria ligação com o Exército de Libertação Nacional (ELN), grupo guerrilheiro colombiano. Três supostos rebeldes foram mortos na operação.

Washington mantém navios de guerra no Caribe desde agosto, em operações que, segundo o governo norte-americano, visam combater o tráfico internacional de drogas. Bogotá, por outro lado, denuncia violações da soberania marítima e questiona a legalidade dos bombardeios, que já deixaram 27 mortos.

A tensão diplomática deve aumentar nos próximos dias, à medida que a Colômbia define a resposta oficial às medidas impostas pelos Estados Unidos. Com informações: g1




Diário do Interior MS
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