| Hoje é Terça-feira, 18 de Novembro de 2025.

Juiz marca nova audiência de conciliação em caso de mau cheiro de frigorífico


Magistrado busca acordo definitivo após persistência das reclamações de moradores em Campo Grande.
Reclamações de moradores levaram à ação judicial contra frigorífico em Campo Grande por emissão de odores e riscos à saúde pública. (Foto: Divulgação) Por: Editorial | 22/10/2025 15:16

O juiz Eduardo Lacerda Trevisan, titular da 2ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos de Campo Grande, designou uma nova audiência de conciliação para o dia 10 de novembro, às 14h, no processo que trata dos maus odores emitidos por um frigorífico localizado na Avenida Duque de Caxias, saída para Aquidauana. Segundo despacho do magistrado, a medida busca a possibilidade de acordo definitivo entre as partes. A primeira tentativa de conciliação ocorreu em 10 de abril de 2025.

A ação civil pública foi proposta após reclamações de moradores dos bairros Nova Campo Grande e Jardim Carioca, que relataram forte odor proveniente do estabelecimento industrial. O caso chamou a atenção de órgãos ambientais e do Ministério Público, que receberam diversas denúncias sobre o incômodo e possíveis impactos à saúde e ao meio ambiente.

Relatórios técnicos e constatações

Uma fiscalização realizada em 2023 por um instituto especializado concluiu que não havia danos ambientais, e que o odor seria inerente à atividade do frigorífico. Entretanto, essa conclusão contrariou relatos de moradores e informações de órgãos ambientais, que apontavam a persistência do mau cheiro e outras irregularidades.

Um novo relatório técnico identificou:

  • Extravasamento de efluente bruto;

  • Falhas de vedação e estruturas mal cobertas;

  • Aberturas nas paredes laterais, permitindo escape de gases;

  • Presença de animais peçonhentos e vetores de doenças, como ratos, escorpiões e baratas.

Especialistas destacam que a intensidade e o alcance dos odores variam conforme a direção e a velocidade do vento, afetando mais intensamente residências próximas.

Tentativa de acordo e medidas judiciais

Foi proposto ao frigorífico um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com medidas corretivas, mas a empresa recusou as recomendações, alegando já ter cumprido todas as obrigações. A discussão se estendeu até fevereiro de 2024, quando o órgão fiscalizador ambiental lavrou auto de infração após nova vistoria.

Com a falta de acordo e a continuidade das reclamações, o caso chegou ao Poder Judiciário, com pedido de tutela de urgência. Caso não haja composição na audiência de 10 de novembro, o juiz deverá analisar pedidos liminares, que incluem:

  • Instalação de cortina arbórea em todo o perímetro do frigorífico;

  • Revisão imediata do sistema de exaustão, sob pena de multa diária em caso de descumprimento.

No julgamento do mérito, o magistrado também avaliará:

  • Necessidade de regularização definitiva das emissões de gases;

  • Existência de dano moral coletivo à comunidade.

Com informações: Diário Digital




Diário do Interior MS
NAVIRAÍ MS
CNPJ: 30.035.215/0001-09
E-MAIL: diariodointeriorms1@gmail.com
Siga-nos nas redes Sociais: