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Projeto de Equoterapia da Polícia Militar de MS oferece atendimento gratuito e tem transformado a vida de centenas de crianças no Estado. (Foto: Divulgação/Gov MS)
Por: Editorial | 22/10/2025 16:13
A Secretaria de Estado de Saúde (SES) de Mato Grosso do Sul tem fortalecido ações voltadas à inclusão e reabilitação, com destaque para o Programa de Equoterapia da Polícia Militar (PMMS). Localizado no Parque dos Poderes, em Campo Grande, o projeto oferece atendimento gratuito a crianças com deficiências físicas, intelectuais e transtornos do desenvolvimento, proporcionando avanços significativos nos aspectos físico, emocional e social.
O convênio firmado entre a SES e a PMMS destina R$ 1,13 milhão ao custeio de profissionais especializados, garantindo acompanhamento clínico e terapêutico aos praticantes.
Para Juliana Medeiros, gerente da Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência da SES, o projeto é um marco na consolidação da rede estadual de atenção.
“A equoterapia promove ganhos expressivos na reabilitação global das pessoas com deficiência, ampliando suas possibilidades de autonomia, integração social e dignidade. Essa parceria reafirma o compromisso de Mato Grosso do Sul com políticas públicas efetivas”, afirmou.
O coordenador do programa, Capitão Lorensetti, explica que o projeto conta com uma equipe multidisciplinar composta por fisioterapeutas, psicólogos, assistentes sociais, educadores físicos, enfermeiros, pedagogos e fonoaudiólogos.
“O movimento do cavalo estimula o equilíbrio, a coordenação, a postura e a concentração, além de gerar ganhos emocionais e cognitivos. É uma terapia que trabalha corpo, mente e vínculo afetivo”, destacou.
A psicóloga e pedagoga Lilian Martins explica que o cavalo atua como mediador de estímulos físicos e emocionais.
“Durante uma sessão de 30 minutos, o praticante realiza cerca de 9 mil ajustes musculares para manter o equilíbrio. Isso melhora o tônus, o controle postural e a coordenação, além de estimular a afetividade e a autoconfiança”, disse.
Cada atendimento é personalizado, considerando o tipo de cavalo, ritmo da montaria e objetivos terapêuticos de cada participante.
Entre os exemplos marcantes está o de Ana Vitória Silva, de 20 anos, com paralisia cerebral, que participa da equoterapia há 14 anos.
“A evolução dela foi enorme, tanto física quanto emocionalmente. O cavalo faz o que nenhum fisioterapeuta consegue reproduzir em clínica. É um momento de liberdade e felicidade”, contou a mãe, Rosaine Aparecida da Silva.
Outro caso é o de Davi, de 8 anos, diagnosticado com autismo nível 3, epilepsia e TDAH. Após dois anos e meio no programa, ele apresentou avanços notáveis.
“Depois da equoterapia, o Davi recuperou a fala, melhorou a coordenação e ganhou confiança. Hoje participa das Paralimpíadas internas e se sente muito feliz”, relata a mãe, Daniele Barilli.
Fundado em 3 de setembro de 2002, o Centro de Equoterapia da PMMS é uma instituição filantrópica de referência no Estado. Atualmente atende cerca de 200 crianças, com previsão de expansão para 300 até 2026.
“A equoterapia vai muito além da reabilitação física. É um trabalho que transforma a forma como o praticante se relaciona com o próprio corpo, com os outros e com o mundo”, concluiu o Capitão Lorensetti.
Com informações: Semana ON
