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De crise à consagração: casal do Paraná transforma leite em queijo premiado pela CNA


Com apoio do Sebrae, produtores de Santana do Itararé conquistam o Prêmio CNA Artesanal 2025 e participam do evento gastronômico Mesa SP, em São Paulo.
Produtores premiados no Prêmio CNA Artesanal 2025 participam do evento Mesa SP, em São Paulo (Foto: Tulio Vidal). Por: Editorial | 01/11/2025 08:09

O que começou como uma alternativa diante de uma crise financeira em 2017 acabou se transformando em um caso de sucesso e reconhecimento nacional. O casal Leomar Melo Martins e Marisa Alexandre Martins, de Santana do Itararé (PR), decidiu investir na produção de queijos artesanais e, anos depois, viu seu trabalho recompensado com o Prêmio CNA Artesanal 2025, na categoria “queijos”, pela receita exclusiva do Maná Paraná.

“Essa premiação teve repercussão enorme no Estado e deu visibilidade ao nosso queijo”, contou Leomar, técnico agrícola, que ao lado da esposa, farmacêutica, uniu conhecimento técnico e paixão pelo campo para dar vida ao Sítio Aliança. O casal buscou orientação do Sebrae para desenvolver o negócio, contando com consultoria especializada durante dois anos, o que possibilitou a estruturação da produção e a definição de estratégias de precificação.

Como parte da premiação, os vencedores foram convidados a participar do Mesa SP, evento gastronômico realizado na capital paulista entre os dias 30 de outubro e 1º de novembro. O encontro reúne chefs renomados, empreendedores, profissionais da área e o público interessado em tendências do setor de alimentos e bebidas.

“Estamos fazendo muitos contatos”, celebraram os produtores, que integraram o espaço do programa ‘Do Brasil à Mesa – Produtos de Origem’, uma parceria entre a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) e o Sebrae.

Para Jane Blandina, analista de Competitividade do Sebrae Nacional, a experiência é transformadora. “Esses pequenos produtores estão tendo a oportunidade de ampliar a visão de mercado, se comparar com concorrentes e prospectar novas possibilidades de negócio”, destacou.

O evento também reuniu outros produtores premiados, como Glenda Frade, de Formiga (MG), criadora da marca Do Rancho e vencedora na categoria “geleias” com seu sabor de abacaxi com pimenta; e Rodrigo de Castro, zootecnista e mestre queijeiro de Cidade Ocidental (GO), dono da Vacananet, que apresentou seu queijo Minas Padrão.

Apesar das conquistas, os produtores reconhecem os desafios do setor artesanal. “É difícil competirmos no preço”, explicou Marcelo Somacal, da queijaria homônima de Farroupilha (RS), que há quase duas décadas se destaca por suas criações com ingredientes inusitados, como azeite de oliva e limão siciliano.

Mesmo diante das dificuldades, a motivação segue firme. Marcos Antônio Paraná, da marca Clamar, de Jundiaí (SP), aposta na participação em feiras como o Mesa SP para inserir seus produtos — como o tradicional tomate seco — em novos mercados. “Empreender é como um casamento: cheio de altos e baixos, mas vale a pena persistir”, afirmou com bom humor.

O sucesso dos produtores premiados reforça a importância da capacitação e do apoio técnico na valorização da produção artesanal brasileira, que conquista cada vez mais espaço nas mesas e nos corações dos consumidores. Com informações: SEBRAE.




Diário do Interior MS
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