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Hospital Geral de Cuiabá, unidade onde o corpo do bebê foi entregue e a equipe médica constatou lesões; caso segue sob investigação da Polícia Civil e IML. (Foto: Reprodução)
Por: Editorial | 03/11/2025 13:47
A Polícia Civil de Mato Grosso abriu inquérito para apurar a morte de um bebê de aproximadamente oito meses cujo corpo foi levado ao Hospital Geral de Cuiabá (HGU) na madrugada desta segunda-feira (3). Segundo o boletim de ocorrência e relatos de profissionais de saúde, a criança foi entregue dentro de uma sacola plástica acondicionada em uma mochila e apresentava a cabeça separada do corpo, além de fraturas em membros superiores e inferiores.
De acordo com a versão inicial da mãe, o parto ou aborto espontâneo teria ocorrido por volta das 17h do domingo (2) na residência do casal. A mulher declarou desconhecer a gestação e afirmou não conseguir detalhar as circunstâncias em que o nascimento e a morte ocorreram. A genitora e o companheiro só compareceram ao hospital por volta das 21h, quando procuraram atendimento e informaram à equipe médica que a mulher havia sofrido um aborto. Foi nesse momento que a profissional de saúde que atendeu o caso retirou da mochila a sacola com o corpo, enrolado em pano.
A médica de plantão registrou lesões incompatíveis com um parto íntegro: além da separação craniana, havia múltiplas fraturas nos membros. Relatos indicam que a mãe descreveu um parto pélvico em que primeiro teriam saído as pernas e, em seguida, o restante do corpo, mas não forneceu detalhes adicionais sobre a sequência dos fatos. Diante do quadro, a equipe do HGU acionou a Polícia Civil, que passou a investigar se a morte decorreu de causas naturais, de complicações de um parto prematuro ou de eventual violência.
O corpo foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) para exame de necropsia com objetivo de determinar a causa da morte e identificar sinais de intervenção externa ou traumas anteriores. A autoridade policial informou que não descarta nenhuma linha de investigação neste momento — incluindo hipótese de crime, acidente doméstico ou aborto espontâneo com complicações — e que ouvirá familiares, a equipe médica e testemunhas, além de requisitar laudos periciais complementares. O caso gerou comoção e recomenda atenção das autoridades de saúde e assistência social para episódios de gravidez não identificada ou sem acompanhamento pré-natal. Com informações: MT Fatos
