|
Hoje é Quinta-feira, 27 de Novembro de 2025.
Ministro Alexandre de Moraes chega de helicóptero ao Centro Integrado de Comando e Controle, no Rio, para reunião com o governador Cláudio Castro e autoridades de segurança. (Foto: Rosinei Coutinho/STF)
Por: Editorial | 03/11/2025 13:57
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), reuniu-se na manhã desta segunda-feira (3) com o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, e representantes das forças de segurança estaduais no Centro Integrado de Comando e Controle (CICC), localizado na Cidade Nova, região central da capital fluminense. O encontro, realizado a portas fechadas, ocorreu dois dias após a megaoperação policial nos complexos da Penha e do Alemão, que terminou com 121 mortos — entre eles quatro policiais militares.
Moraes chegou ao CICC de helicóptero, acompanhado de Castro, e deixou o local da mesma forma. A reunião teve início pouco depois das 11h e terminou por volta das 13h50, sem que nenhuma autoridade concedesse entrevista à imprensa.
Participaram do encontro o secretário de Segurança Pública, Victor Santos; o secretário da Polícia Militar, coronel Marcelo de Menezes; o secretário da Polícia Civil, delegado Felipe Curi; o procurador-geral do Estado, Renan Saad; e o diretor da Superintendência-Geral de Polícia Técnica Científica, Waldyr Ramos.
De acordo com fontes do governo, o objetivo foi discutir o andamento das investigações e as medidas de preservação das provas relativas à operação, que gerou intensa repercussão nacional e internacional. Moraes, relator da ADPF das Favelas — ação que estabelece diretrizes para intervenções policiais em comunidades do Rio —, acompanha de perto a condução do caso.
No domingo (2), o ministro determinou que o governo do Rio preserve “todos os elementos materiais” ligados à operação, incluindo perícias, laudos e cadeias de custódia, de modo a garantir o controle e a averiguação das ações pelo Ministério Público e permitir o acesso da Defensoria Pública Estadual. A decisão foi tomada após pedido da Defensoria Pública da União, que alegou ter sido impedida de acompanhar os exames periciais nos corpos.
Moraes destacou, em sua decisão, que o Supremo já havia determinado, ao julgar a ADPF das Favelas, que os órgãos de segurança devem preservar todos os vestígios de crimes possivelmente cometidos em operações policiais e documentar, por meio de fotografias e registros técnicos, as provas produzidas em investigações de mortes decorrentes de confrontos.
Após o encontro, Moraes seguiu para compromissos com integrantes do Judiciário, do Ministério Público e com o prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD). A operação nas comunidades da Penha e do Alemão continua sendo apurada, e o governo estadual promete apresentar um relatório completo nas próximas semanas. Com informações: g1
