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Plataforma P-78 em operação no Campo de Búzios. (Fonte: Agência Petrobras)
Por: Editorial | 07/11/2025 07:44
A Petrobras obteve lucro líquido de R$ 32,7 bilhões (US$ 6 bilhões) no terceiro trimestre de 2025, crescimento de 0,5% em relação ao mesmo período do ano anterior. O resultado foi impulsionado pelo aumento da produção de óleo e gás, que atingiu 3,14 milhões de barris de óleo equivalente por dia (MMboed), e pelo desempenho operacional positivo, com fluxo de caixa de R$ 53,7 bilhões e EBITDA ajustado de R$ 63,9 bilhões.
Sem eventos extraordinários, o lucro líquido ajustado foi de R$ 28,5 bilhões, e o EBITDA ajustado, de R$ 65,1 bilhões. A leve alta de 2% no preço do petróleo Brent também contribuiu para o desempenho. Durante o trimestre, a companhia investiu R$ 30 bilhões, com foco no desenvolvimento de projetos no pré-sal.
De acordo com o diretor financeiro e de relacionamento com investidores, Fernando Melgarejo, a Petrobras segue apresentando resultados sólidos e retorno aos acionistas mesmo em um cenário de preços estáveis. Segundo ele, o aumento da eficiência e a redução de paradas de produção contribuíram para alcançar recordes operacionais e financeiros.
No terceiro trimestre, a estatal recolheu R$ 68 bilhões em tributos federais, estaduais e municipais. No acumulado de 2025, o total chega a quase R$ 200 bilhões.
A dívida líquida totalizou US$ 59,1 bilhões, praticamente estável em relação ao trimestre anterior. A companhia realizou novas captações que reforçaram sua posição de caixa.
Pagamento de dividendos
O Conselho de Administração da Petrobras aprovou o pagamento de R$ 12,16 bilhões em dividendos e juros sobre capital próprio, o equivalente a R$ 0,94320755 por ação ordinária e preferencial. Os valores serão pagos em duas parcelas, nos meses de fevereiro e março de 2026.
A data de corte será 22 de dezembro para ações negociadas na B3 e 26 de dezembro para os ADRs listados na Bolsa de Nova York (NYSE). As ações serão negociadas ex-dividendos a partir de 23 de dezembro.
Investimentos e produção
Os investimentos somaram R$ 30 bilhões no trimestre e R$ 78,8 bilhões nos nove primeiros meses de 2025, concentrados em Exploração e Produção. O destaque foi o avanço de projetos no pré-sal, como os novos FPSOs nos campos de Búzios, Atapu e Sépia.
No Refino, a estatal segue com obras na Refinaria Abreu e Lima e na modernização do parque industrial. No segmento de Gás e Energias de Baixo Carbono, os recursos foram aplicados em manutenção e paradas programadas.
A produção de óleo e gás cresceu 5% em relação ao trimestre anterior e 17% sobre o mesmo período de 2024. O FPSO Marechal Duque de Caxias, no Campo de Mero, alcançou 200 mil barris por dia, superando sua capacidade nominal, enquanto o FPSO Almirante Tamandaré, em Búzios, atingiu 225 mil barris por dia, três meses antes do previsto.
O refino manteve fator de utilização de 94%, com 69% do volume voltado a derivados de alto valor agregado. A Petrobras também bateu recorde de exportações, com 814 mil barris diários de petróleo, superando 1 milhão de barris por dia quando somados os derivados.
No mercado de gás natural, a empresa ampliou a participação no mercado livre, com volume contratado de 6,5 milhões de metros cúbicos por dia, cerca de 65% do total nacional. Com informações: IstoÉDinheiro
